As seis centrais sindicais brasileiras - CUT Força Sindical, CTB, UGT, Nova Central e CGTB - realizam em Brasília, nesta quarta-feira (28) - Dia Internacional em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho, um ato público com o objetivo de denunciar a irresponsabilidade do setor patronal na prevenção de acidentes e doenças do trabalho.
Além do ato, as centrais entregarão ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB/SP), um conjunto de propostas para alterações na Lei 8.213/91.
Os sindicalistas também vão cobrar das autoridades públicas, na esfera municipal, estadual e federal, ações efetivas de proteção a saúde do trabalhador e apoio às lutas dos trabalhistas pelo fortalecimento das organizações que zelam pela melhoria da saúde e condições de trabalho - como a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), Sistema Único de Representação (SUR) e Comissão de Fábrica entre outras.
O ato será no plenário 2, na ala das comissões permanentes da Câmara dos Deputados, às 17 horas, com o tema "A legislação a serviço da saúde do trabalhador".
As entidades vão cobrar medidas contra o descaso com as medidas preventivas, pois só em 2008, foram registrados 747 mil acidentes de trabalho no Brasil, com 2.757 mortes e 12.071 casos de incapacidade permanentemente.
História
A celebração da memória das vítimas de acidentes de trabalho no dia 28 de abril surgiu no Canadá, por iniciativa do movimento sindical, espalhando-se pelo mundo por meio de sindicatos, federações, confederações locais e internacionais.
Em maio de 2005, foi adotada no Brasil como Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, pela Lei 11.121.
O dia foi escolhido em razão de um acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, no ano de 1969.
A OIT, desde 2003, consagra a data à reflexão sobre a segurança e saúde no trabalho.
Fonte: Diap, CUT, na Agência Sindical
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