O engenheiro de software Reza Moaiandin descobriu uma falha de segurança no Facebook que permite, através de um algoritmo simples, recolher informação dos milhões de usuários, que têm o número de telefone associado ao perfil. Não precisa de ser “amigo” ou sequer pertencer a mesma rede de “amigos dos amigos”. O princípio é simples: ao associar o número de celular ao perfil, ele fica “visível” no campo de pesquisa.
De acordo com o especialista em informática, se esta opção não for bloqueada, um simples programa (desenvolvido por técnicos do setor) consegue acessar e recolher informações de forma massiva — acessar o usuário correspondente a um número é fácil, faça você mesmo o teste. Foi o que fez Reza Moaiandin ao criar um programa que gera números de telefone aleatórios e, a partir daí, apropria-se dos dados (mas não das contas) pessoais dos usuários a que esses números correspondem.
Reza Moaiandin, diretor técnico da empresa britânica SALT.agency, já alertou o Facebook para esta vulnerabilidade por duas vezes, em abril e julho deste ano. Mas, a maior rede social do mundo parece não se importar, como conta reportagem publicada no The Guardian. Um funcionário do Facebook afirma que o sistema está desenhado de forma a impedir abusos, mas seja como for, e porque o que está em jogo é a sua privacidade, saiba que é possível desativar essa opção.
Para limitar o acesso de pesquisa através do número de celular, faça login no seu perfil, no canto superior direito, acesse “Definições”, depois na barra lateral à esquerda, clique em “Privacidade”, onde haverá três opções, como pode ver nesta figura:
O Facebook não permite bloquear totalmente o acesso, mas se clicar na opção “Amigos” você acaba restringindo o acesso a seus dados. Entretanto, no campo imediatamente acima, pondere igualmente sobre as definições de email; e de caminho, avalie os campos “Quem pode ver as minhas coisas?” e “Quem pode contactar-me?”. As opções são limitadas, mas tem a oportunidade de configurar a privacidade da sua conta. Em caso de dúvida, feche tudo o que for possível.
Fonte: The Guardian / traduzido por Observador.pt