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27/08/2015

Abertura de seminário da CNTU dá mostra do que virá na programação

Muita informação, debate e troca de experiência. Essa é a expectativa anunciada por Wellington Mello, coordenador do Departamento de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), durante sua fala de abertura, na manhã de quinta-feira (27/8), do II Seminário Internacional de Integração dos Trabalhadores Universitários, promovido pela entidade.


Foto: Beatriz Arruda/Imprensa SEESP
seminario internacional p site seesp
Mesa de abertura do II Seminário Internacional da CNTU


Em sua segunda edição, o evento vai até sexta (28) e reúne profissionais de formação universitária do Uruguai, Argentina, Nicarágua, Peru e Índia para traçar um panorama sobre o trabalho e organização sindical na América Latina e no Brics.

Mello, cujo departamento organizou a atividade, falou do orgulho da CNTU em realizar um evento desse porte, com a participação de tantos trabalhadores vindos de outros países e de brasileiros, na busca de uma maior integração do ponto de vista do trabalho e do meio sindical.

“Quero começar dizendo da importância da CNTU estar promovendo este evento. Ele traz o conhecimento e reflexão sobre os temas escolhidos (que compõem o atual cenário geopolítico)”, disse o também representante da Federação Interestadual dos Odontologistas (FIO), lembrando que um dos objetivos do evento é trazer à tona não somente a política da realidade, enquanto movimento sindical, mas contribuir concretamente com os trabalhadores, no desenvolvimento do país.

Ele lembrou, ainda, que os temas escolhidos para o seminário são estratégicos para o país no âmbito do Mercosul, como o Grande Canal Interoceânico da Nicarágua - com extensão de mais de 200 quilômetros, mais de 230 metros de largura e pelo menos 27 metros de profundidade - , que favorece a navegação de grandes embarcações para o escoamento das produções dos países da América Latina, inclusive do Brasil.

Outro tema que será abordado em uma das cinco meses que ocorrerão até amanhã (28) é a Ferrovia Bioceânica que, assim como o canal, será um “grande desafio para a engenharia dos países envolvidos”. E lembrou que “a questão ambiental tem uma importância fundamental nessas discussões”.

Ao final de sua intervenção, Mello salientou que para a CNTU é fundamental promover esses eventos dando condições para que todos os presentes também façam colaborações: “É importante que os integrantes dos sindicatos e federações também participem ativamente, que deem voz ao evento, contribuam para engrandecer o nosso seminário”.

Diplomacia

O diplomata Lanier Guedes Morais, representando o Ministério de Relações Exteriores (Itamaraty), também convidado a falar durante a abertura, falou “da importância do diálogo nacional e internacional para que a cooperação dos povos se faça valer e seja efetiva” e da realização de seminários como esse para ampliar a integração entre os países.

Ele colocou a rede de embaixadas do Brasil à disposição da CNTU para o processo de integração desencadeado pela confederação. "A diplomacia é o diálogo entre os países, as pessoas, as comunidades", disse Lanier Morais, que ressaltou a qualidade da programação, lembrando que o tema dos Brics, que será abordado na programação, é uma prioridade da política externa brasileira.

“Nosso país se fez através exatamente do que vocês estão fazendo aqui. Do diálogo, da busca de experiência de outros países, do respeito, da compreensão e da solidariedade. Essas experiência podem ser muito úteis, utilizando toda a rede de embaixadas que o Itamaraty possui, que pode facilitar o acesso de vocês a representantes de outros países”, declarou Morais, enfatizando a disponibilidade dos escritórios do Itamaraty em São Paulo e em Brasília para acolher as demandas da CNTU e contribuir na construção dos próximos seminários. Por experiência própria, contou que os embaixadores ficam muito contentes em receber os representantes brasileiros.

Debates
O presidente da CNTU, Murilo Celso de Campos Pinheiro, agradeceu a disponibilidade da diplomacia brasileira, que será fundamental para os processos de estreitamento das relações exteriores da entidade, que representa dois milhões de trabalhadores.

“A nossa Confederação que está a todo momento apresentando propostas, realizando seminários, discutindo com nossos pares e com a sociedade brasileira, que tem como foco o crescimento e o desenvolvimento, a discussão dos problemas da sociedade brasileira, tem como objetivo propor assuntos factíveis para que possamos discuti-los e trabalhar no sentido de um Brasil melhor, mais justo e mais alegre” declarou Pinheiro.

O presidente da CNTU lembrou que a Confederação tem um caminho longo pela frente de muita luta. “A CNTU está firme, forte, presente, pronta e cada vez mais legítima”, concluiu.

Lembrou que entre os objetivos do seminário é compreender a nova geopolítica que se apresenta, discutir o papel dos trabalhadores nos processos e contribuir na reflexão e qualificação das nossas intervenções no cenário internacional. É improtante depois de tudo que for apresentado aqui levar essas reflexões para nossas entidades.

Para a CNTU é fundamental promover esses eventos dando condições aos nossos trabalhadores para que eles façam as intervenções tanto da aproximação entre os trabalahdores internacionais, para a gente ter uma noção do que precisamos para o desenvolvimento do país, por isso é importante que os integrantes dos sindicatos e federações também participem ativamente, dar voz ao evento, contribuam para engrandecer o nosso seminário.   

Também fizeram parte da mesa de abertura Stanley Gassek, diretor adjunto do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), no Brasil; Ernane Rosas, presidente da Federação Interestadual dos Nutricionistas (Febran); Lia Almeida, representante da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar); Mário Ferrari, da Federação Nacional dos Médicos (Fenam); e Pedro Afonso Gomes, presidente do Sindicato dos Economistas do Estado de São Paulo (Sindecon-SP).

O evento tem transmissão online aqui.



Deborah Moreira
Imprensa SEESP




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