O Movimento Sindical promove, em São Paulo, a 1ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, da qual a CNTU participa defendendo reivindicações das Federações e Sindicatos que a integram e do conjunto dos trabalhadores brasileiros.
Durante o evento, será apresentado um conjunto de reivindicações, entre ele o direito irrestrito de greve, inclusive para servidores públicos, extinção do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, revogação de atos que criminalizam os movimentos sociais e invasões de terra.
Já existe um pré-texto de plataforma da I Conclat, construido pelo movimento sindical, e que será debatido e aprovado na conferência para, então entregue aos presidenciáveis.
Dividido em seis eixos estratégicos, o documento prevê a participação dos sindicatos em quase todas as esferas de governo, como nas agências reguladoras, nas empresas estatais, no Conselho Monetário Nacional (CMN) e no Comitê de Política Monetária (Copom, responsável pela definição da taxas de juros básica).
O texto do documento incorpora metas ambiciosas como "promover uma nova ordem econômica, monetária e política mundial" até pontos mais pacíficos como a erradicação do trabalho escravo, ou mais populares como os preparativos para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Entre os pontos mais polêmicos, estão a descriminalização do aborto e revogação de atos que criminalizam "movimentos sociais e de luta pela terra" - uma referência ao MST. Além disso, pedem o limite máximo de propriedade de terra em 35 módulos fiscais. A área do módulo fiscal varia de acordo com o município. Na região da Amazônia, por exemplo, 15 módulos fiscais são cerca de 1.140 hectares.