Em palestra aos engenheiros, na terça-feira (10), Fabio Feldmann, candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PV (Partido Verde), apresentou as diretrizes do seu plano de governo.
O evento, que aconteceu no auditório do SEESP, abriu o ciclo de debates “A engenharia, o Estado e o País”, que contará com a participação de todos os candidatos aos cargos majoritários – senador, governador e presidente.
Na ocasião, Feldmann falou sobre a necessidade de incentivar uma economia de baixa intensidade de carbono, uma de suas propostas.
Conforme ele, com o aquecimento global a perspectiva é que até o final deste século haja um aumento de temperatura de 2º C. “O mundo todo terá que fazer uma transição para outro tipo de economia que o PV chama de baixa intensidade de carbono. Aqueles que tiverem a capacidade de se antecipar terão mais condições de competitividade. Portanto, é um item importante para São Paulo que deve incluí-lo na sua agenda”, propôs.
Segundo Feldmann, já existe uma legislação aprovada no Estado que estabelece uma meta de 20% na redução de gases do efeito estufa até 2020. “Basta agora cumpri-la.”
Na área de transporte público, Feldmann falou da necessidade de melhorar a qualidade e se de tornar sustentável. “Tem que ser barato, eficiente e não poluidor para incentivar a diminuição do grande fluxo de carros no sistema rodoviário.”
Ele propôs também a navegação comercial dos rios Pinheiros e Tietê para desafogar as avenidas por onde hoje trafegam caminhões altamente poluidores. "Hoje, 46% dos caminhões circulam vazios no estado", afirmou Feldmann, que frisou a ineficácia desse tipo de transporte tanto do ponto de vista financeiro como ambiental.
A segunda proposta enfatizada pelo candidato foi a economia criativa. Segundo ele, a inovação tecnológica deve estar presente em todos os setores da sociedade para agregar valor e alcançar uma economia competitiva. “Em São Paulo é crucial. Temos grande preocupação com a invasão da China no estado que é o principal parceiro comercial do Brasil. Portanto, é preciso investir mais na formação profissional de diferentes áreas para que o Estado possa ter uma economia mais competitiva”, mencionou.
Outra proposta de Feldmann é a economia da biodiversidade. “O Brasil é o país mais rico em espécies animal e vegetal. Precisamos aprofundar o conhecimento para gerar novos alimentos e medicamentos e com isso conservar o patrimônio ambiental brasileiro gerando uma nova economia”, sugeriu.
O candidato mencionou ainda a necessidade de uma nova geração de políticas sociais. “Não basta o indivíduo ter o Bolsa Família e permanecer nele a vida toda. É preciso passar do assistencialismo à inclusão produtiva dos beneficiários desses programas. E isso pode ser feito através da capacitação e apoio econômico criando condições para que as famílias sejam autossustentáveis e com o tempo possam sair desses programas e se inserir na economia”, acredita.
Para finalizar, o candidato do PV propôs uma nova gestão do poder público. “Para ser mais eficiente, é necessário fixar metas e criar mecanismos de monitoramento para a sociedade. Na era digital é perfeitamente possível acompanhar diariamente as ações do governo”, concluiu.