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31/08/2010

Ivan Pinheiro propõe mudança na política econômica e no papel do Estado

       Em palestra aos engenheiros, no dia 30 de agosto, o candidato do PCB à Presidência da República, Ivan Pinheiro, apresentou o seu programa de governo batizado de “Anticapitalista e Anti-imperialista para o Brasil”. “Mais do que pedir votos, sugerimos uma reflexão aos trabalhadores brasileiros sobre o seu futuro e o do País”, enfatizou. Ele iniciou sua fala sobre a atuação da mídia que faz desta eleição uma escolha entre dois projetos de administração do capital, um comandado pelo PT e outro pelo PSDB. “A bipolarização é um esquema mundial de americanização da política, onde a mídia escolhe duas alternativas que tem lá suas nuances de diferenças, mas que não afetam o sistema. Hoje a democracia permite apenas o espaço entre dois projetos parecidos”, mencionou.
        Entre as propostas do presidenciável, destaque para a organização do poder popular, reforma política com financiamento público das campanhas, democratização e controle social dos meios de comunicação e do sistema financeiro, e promoção de um Estado forte e eficiente sob controle e a serviço dos trabalhadores. “Além disso, propomos a ruptura com a política do FMI, suspensão do pagamento das dívidas internas e externas, fim da autonomia do Banco Central, taxação dos lucros das grandes empresas e do sistema financeiro”, prometeu.
       O candidato do PCB defende também a reestatização da Petrobrás e das empresas da privatizadas e estratégicas para o País. “A Petrobras hoje é 32% pública e 68% privada”, afirmou. Sobre o pré-sal, Pinheiro sugere que a utilização dos lucros com a exploração do petróleo seja vinculada ao enfrentamento dos problemas sociais. “A proposta é que a distribuição dos royalties do pré-sal seja feita aos estados brasileiros na proporção inversa do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Assim, aqueles que ocupam os últimos lugares nesse ranking serão mais favorecidos”, acredita.


 

       Redução da jornada de trabalho, descriminalização do aborto e do uso das drogas, planejamento integrado dos transportes com expansão da rede metroviária, ferroviária e aquaviária e revitalização do Rio São Francisco como pré-requisito para a transposição de suas águas para as populações de regiões secas e não para o agronegócio, são medidas defendidas por Pinheiro.
        Ele falou ainda da reestruturação das forças armadas brasileira e o fim do imperialismo, uma forma de dominação política, econômica e cultural que objetiva a maximização da riqueza dos estados que estão no centro do capitalismo mundial. “O Brasil deve ter uma posição soberana e independente nas relações internacionais e solidariedade irrestrita à revolução socialista cubana e aos processos de mudanças na Venezuela, Bolívia e outros países”, propôs

 

 

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