José Maria Eymael, candidato pelo PSDC, à Presidência da República, participou em 8 de setembro do ciclo de debates “A engenharia, o Estado e o País”, promovido pelo SEESP.
Na ocasião, ele apresentou as diretrizes gerais do seu plano de governo. Entre os destaques, um novo modelo de administração pública, no qual os cargos de gestão sejam exercidos por servidores concursados visando acabar com o aparelhamento dentro do Estado.
Outra meta é promover ações para assegurar a prestação eficiente de serviços públicos a todo País. “A ideia é estabelecer planos de carreira, implantar a modernização e a universalização da qualidade do serviço público, com a adoção conjunta de políticas salariais competitivas, programas de incentivos, atualização permanente de equipamentos operacionais e capacitação funcional continuada”, disse Eymael que defende a ampliação do número de funcionários no sistema público. “É um equivoco acreditar que temos mais servidores do que precisamos. Nos chamados Estados de bem-estar social a participação da força de trabalho na esfera pública chega a 38% enquanto que no Brasil é de apenas 10%”, mencionou.
O presidenciável pretende também implantar mudanças no modelo tributário brasileiro. “Hoje é apenas um instrumento de arrecadação. Precisamos de mais transparência e que o tributo seja simples e justo, de forma a não esmagar a classe média e não impedir que os empreendedores possam crescer e gerar empregos”, enfatizou.
Na área da saúde, o candidato do PSDC disse que é fundamental fazer com que o SUS (Sistema Único de Saúde) seja efetivamente implantado. “É reconhecido mundialmente como um dos mais avançados modelos de saúde pública, porém na prática ele não existe”, opinou.
Outra prioridade é o programa batizado de “Saúde Inteligente”. "Precisamos combater a doença antes que ela chegue no cidadão. Para tanto, criaremos uma rede preventiva que resultará na economia de recursos públicos e em mais qualidade de vida aos brasileiros”, acredita.
Para educação, o objetivo de Eymael é o que ele chama de sociedade do conhecimento que estabelece a universalização do acesso à Internet por banda larga. Além disso, prometeu implantar um sistema de ensino inclusivo, que contemplará os portadores de necessidades especiais. “Para uma sociedade realmente justa e solidária não podemos excluir os deficientes de ter acesso à educação”, afirmou.
O candidato propõe ainda a criação do Ministério da Família, para a defesa dos valores e das necessidades, como emprego, educação, saúde, segurança e moradia. “Vamos criar também um programa de metas sociais para cada objetivo do país. E ainda indicadores para que a sociedade possa acompanhar como está o andamento de cada projeto”, prometeu.
A criação do Ministério da Segurança Pública, que promoverá a integração de todas as forças dentro de um plano inteligente para o país, é outra meta de Eymael.
Totalmente contrário a descriminalização do aborto, o presidenciável concorda com a legislação vigente que permite a ação apenas em caso de perigo de vida da gestante ou estupro.
Sobre infraestrutura, Eymael acredita que é necessário melhorar o sistema portuário brasileiro, resgatar as ferrovias que foram abandonadas, ampliar os aeroportos e colocar mais sinalização no sistema rodoviário. “Infraestrutura é compromisso e prioridade de governo. Com a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, há muito o que fazer. O próximo presidente tem que ter obsessão pelo desenvolvimento nacional para gerar riqueza e consequentemente igualdade social”, finalizou.