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28/03/2023

 

Campanhas salariais e a luta pela valorização da engenharia

 

Negociações coletivas organizadas pelo SEESP abrangem cerca de 105 mil profissionais, distribuídos num universo de 30 empresas ou segmentos produtivos. Mobilização em 2023 buscará reajuste, ganhos reais e respeito ao piso da categoria, além de condições adequadas de trabalho e previsão de plano de carreira.

 

Os engenheiros que atuam no Estado de São Paulo nas mais diversas empresas e segmentos econômicos, nos setores público e privado, já dão início à Campanha Salarial 2023 sob a liderança do SEESP. Com datas-bases para a negociação coletiva que vão de março a novembro, o processo deve se estender até o final do ano, num esforço de ação sindical permanente.

 

São aproximadamente 105 mil profissionais distribuídos em cerca de 30 campanhas específicas, numa dinâmica envolvendo a elaboração e a discussão da pauta de reivindicações; seu envio à respectiva empresa ou sindicato patronal; inúmeras rodadas de negociação para se chegar ao melhor entendimento possível e, sobretudo, garantir que se firme um acordo ou convenção coletiva que seja benéfico a ambas as partes, com base no diálogo sério e honesto. Quando infelizmente, não se obtém uma conclusão satisfatória por esse caminho, é necessário lançar mão de instrumentos de pressão, como manifestações públicas ou paralisações, e recorrer à instauração de dissídio junto à Justiça do Trabalho para se resolver o impasse.

 

Esse esforço envolve toda a estrutura do SEESP, notadamente as áreas de Ação Sindical, Jurídica e Comunicação. Fundamental, obviamente, é o papel dos diretores e delegados sindicais que são os negociadores junto ao patronato, bem como das lideranças que atuam diretamente para organizar cada base de profissionais, mantê-los informados e mobilizados. Por fim, temos os protagonistas maiores desse processo, que são os engenheiros, cuja participação ativa é absolutamente imprescindível para que tenhamos sucesso.

 

Na Campanha Salarial de 2023, no que diz respeito às questões econômicas, buscaremos reposição das perdas inflacionárias, ganhos reais, participação nos lucros e resultados e respeito ao piso da categoria, que segue vigente conforme a Lei 4.950-A/1966, agora com o reconhecimento final pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de sua constitucionalidade, após julgamento no ano passado. A mesma decisão, contudo, interrompeu o processo de atualização automática pelo salário mínimo, o que torna crucial que os acordos e convenções prevejam o reajuste devido para evitar a desvalorização da base de remuneração dos engenheiros.

 

Ainda no empenho para garantir reconhecimento da importância desses quadros técnicos nas companhias, é preciso haver discussão e implementação de planos de carreira.

 

Atender a essa pauta é positivo também às empresas, que obtêm melhores resultados em seus negócios, e à sociedade em geral, que se beneficia do trabalho dos profissionais essenciais ao desenvolvimento e ao bem-estar da população. O Brasil precisa retomar o crescimento econômico de forma sustentável e com avanços tecnológicos e inovação. Os engenheiros têm papel central nesse desafio e devem ter as condições adequadas para dar a sua contribuição.

 

Vamos, juntos, valorizar a representação sindical, a negociação coletiva e a engenharia na Campanha Salarial 2023.

 

 

Murilo Pinheiro – Presidente

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Comentários  
# EstatutáriosPriscyla 30-03-2023 10:00
Não se esqueçam pela luta dos estatutários também, que na maioria das vezes estão ganhando bem abaixo do piso.
Responder
# Negociação salarialFernando Palmezan 28-03-2023 11:24
Principal papel de um sindicato atuante como o Seesp.
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