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27/04/2015

Oportunidades a partir do biogás

Iniciando os trabalhos da tarde do dia 24 de abril no VII Encontro Ambiental de São Paulo (EcoSP), Marco Antonio Coutinho, gerente do projeto Reforço da Rede Tubular de Alta Pressão (Retap) da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), abordou as oportunidades à matriz energética a partir do biogás. Segundo ele, o Estado conta com 55,5% de fontes renováveis, ante 45,5% do País e 12,5% do mundo. “O governo paulista tem o desafio de até 2020 expandir esse índice para 69%.”
 

Foto: Beatriz Arruda/SEESP
ecosp
Sessão plenária 5 do EcoSP, no Novotel em São Paulo, zona Norte da capital


Entre os projetos nesse sentido, está incrementar a produção de biogás, via fontes produzidas em aterros sanitários, vinhaça da cana de açúcar, efluentes, resíduos agrossilvopastoris e sólidos urbanos. Coutinho destacou que “a proposta da Comgás é fazer o processamento e tratar o biogás. O biometano resultante será distribuído aos clientes da empresa”. Está prevista a construção de infraestrutura, que inclui estação de tratamento. O palestrante salientou que já há tecnologia disponível para tanto e que a inserção de biometano na rede está especificada na Resolução nº 8/2015 da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a qual define os parâmetros para tanto e os usos do biogás, bem como o conceitua. Ele apresentou exemplos de tecnologias utilizadas sobretudo em países da Europa, como “por membranas, lavagem com amina ou de água”. No Brasil, também há casos exitosos – e com tecnologia nacional –, como no Paraná, em que “o biometano é produzido a partir de resíduos de aves poideiras”. Outro estado em que há iniciativa nessa direção é o Rio Grande do Sul, via fonte agrossilvopastoril. O biometano vem sendo aplicado ainda em experimentos da Scania em ônibus urbanos, cujas emissões de poluentes são “baixíssimas”. E gerado em aterro sanitário em São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro. “O biogás tem um potencial gigantesco”, apontou.

Visão estratégica sobre a água
No mesmo painel, foi apresentado pelo governador pelo Brasil no Conselho Mundial da Água, Newton Lima de Azevedo, relato do 7º Fórum Mundial da Água, realizado de 12 a 17 de abril na Coréia do Sul, bem como as perspectivas à próxima edição, que ocorrerá em Brasília em 2018.

Entre os aspectos centrais debatidos em âmbito mundial no país asiático, ele citou como de grande interesse do Brasil a necessidade de planejamento integrado de recursos hídricos; a demanda por incluir a água como tema transversal às diversas políticas públicas; a urgência em dar resposta à carência de coleta e tratamento de esgotos; a questão da governança, gestão e regulação; o tema do financiamento, recursos públicos e privados; a capacitação operacional – ao que anunciou a criação do Centro de Treinamento Hydrus, via acordo com a França –; e a importância de se utilizarem tecnologias já existentes, como ao reuso e à dessalinização. Além disso, o encontro na Coréia do Sul deliberou pelo monitoramento das ações elencadas como prioritárias nesse espaço, no encontro anterior em Marselha, França, em 2012, rumo a Brasília.

Como preparação ao fórum na Capital Federal, Azevedo explicou que serão percorridas cinco a seis cidades brasileiras, nas diversas regiões do País, além de três ou quatro em países vizinhos sul-americanos e uma na América Central. “A ideia é pensal ‘local’ para agir ‘global’.” A ênfase será ao continente, que abriga pela primeira vez evento dessa magnitude.


* Apresentação de Marco Antonio Coutinho

 

Soraya Misleh
Imprensa SEESP

 

 

 

 

 








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