No próximo dia 21 de setembro, o SEESP completa os seus 81 anos de fundação e não há dúvida de que temos muito a comemorar. Ao longo dessas décadas de existência, a entidade trilhou um caminho certamente vitorioso, embora não livre de desafios e dificuldades. Ao estabelecer um norte claro de atuação em defesa da categoria e também do bem-estar da população, o nosso sindicato pôde sempre avançar, obtendo conquistas em prol dos engenheiros e do interesse público.
Foto: Arquivo/Beatriz Arruda
Pinheiro: "Hoje somos uma das maiores entidades de trabalhadores do País."
Hoje, somos uma das maiores entidades de trabalhadores do País, com 200 mil representados e mais de 50 mil associados. Além da sede em São Paulo, temos 25 delegacias sindicais distribuídas pelo Estado para que possamos estar próximos da categoria e melhor atender suas demandas.
Somamos à ação sindical a oferta de uma série de serviços aos profissionais filiados, com preços e condições vantajosas, visando facilitar a sua vida e a de seus familiares. Ou seja, trata-se de um projeto consolidado, que se fortalece a cada dia.
Contudo, numa entidade cuja tônica é o trabalho constante, a comemoração de mais esse aniversário se dá sem que se interrompam as diversas batalhas que vimos travando. Uma essencial neste momento de crise econômica é a luta contra o desemprego que já começa a assombrar a categoria, após um período virtuoso de ampliação das oportunidades e dos salários. Esse esforço tem se dado em duas frentes de luta. Uma delas são as negociações coletivas em cada empresa ou setor em que atuam os engenheiros. A outra é no debate público sobre os rumos do País, em que defendemos firmemente medidas favoráveis à produção e à proteção social.
Nesse campo, juntamente com a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e os demais sindicatos filiados em todo o Brasil, temos propugnado pela atuação coesa e inequívoca da engenharia unida pelo desenvolvimento nacional, contra a recessão e em defesa do emprego. Não se trata aqui de ignorar dificuldades fiscais do País, mas de afirmar um caminho de saída para a crise que não provoque uma tragédia social. Neste momento de incertezas e receios, múltiplos atores têm propostas diversas para resolver o problema. A nossa é que prevaleça o interesse da maioria da população brasileira, em que se inclui a classe média assalariada. Isso implica necessariamente manter os investimentos em setores cruciais, como saúde e educação e na Previdência. Acabemos com privilégios e desvios, mas não com direitos legítimos.
Como se vê, a octogésima primeira primavera do SEESP se dá em tempos difíceis, em que precisamos intensificar nossa disposição de luta para não só defender os engenheiros, mas ter condições de dar a nossa contribuição qualificada ao País. Por tudo o que foi construído até aqui, graças à capacidade de mobilização e organização da categoria e à dedicação aguerrida dos nossos dirigentes em todo o Estado, acreditamos estar à altura de mais esse desafio. Celebremos, pois, a entidade que construímos e da qual podemos nos orgulhar. Parabéns ao SEESP e a todos os engenheiros do Estado de São Paulo que contribuíram para sua existência e trajetória vitoriosa.
Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente
Editorial publicado, originalmente, no Jornal do Engenheiro, Edição 482, de 16 a 30 de setembro de 2015