O novo ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB-PE), revogou uma portaria editada pelo governo Dilma Rousseff que autorizava a Caixa Federal a contratar a construção de 11.250 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida. Para garantir que as moradias populares fossem construídas, o governo da presidente afastada publicou a medida no Diário Oficial no último dia 11 de maio, na véspera do afastamento de Dilma.
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As obras previstas seriam administradas por entidades escolhidas pelo governo e destinadas à faixa 1 do programa, que atende famílias com renda mensal de até R$ 1.800.
Ao assumir a Pasta, na quinta-feira (12), Bruno Araújo chegou a dizer que faria uma "auditoria em todos os números da pasta" para "libertar as amarras ideológicas e a burocracia que dificultam a execução das obras". Parte das entidades que seriam contempladas com as unidades habitacionais são contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) repudiou a revogação e prometeu protestar para forçar o governo a recuar com novos protestos nas ruas.
Em seu primeiro discurso como presidente interino, Temer garantiu que manteria os programas sociais que "que dão certo" - como, segundo ele, o Minha Casa, Minha Vida-, mas disse que iria "aprimorar a gestão". Segundo ele, nenhuma reforma iria alterar "os direitos adquiridos pelos cidadãos brasileiros".
com agências