O Núcleo Jovem Engenheiro, do SEESP, ganhou um presente especial nesta semana: uma réplica da sua logomarca feita a partir de uma impressora 3D. A estatueta foi feita pelo estudante de Engenharia Mecânica, Leandro de Oliveira Leales, que integra o núcleo. Em conversa com a Imprensa do SEESP, ele explicou como funciona essa tecnologia.
Foto: Imprensa SEESPA coordenadora do Núcleo Jovem segura o presente recebido pelo estudante de engenharia que atua com impressão 3D.
Como surgiu a ideia de imprimir a logomarca?
Foi a Marcellie Dessimoni, coordenadora do Núcleo Jovem, quem me deu a ideia e me desafiou a fazer. Como atuo com projetos em impressão 3D passei a trabalhar no desenvolvimento da logo no programa Autocad 3D. Existe um software chamado repetier que ele pega todo o arquivo com extensão ponto stl (que e a extensão em 3D) e transforma em linhas para poder imprimir. Também é possível fazer em outro programa chamado Inventors.
E como é o processo?
A impressão 3D que utilizo é uma impressão por camadas – tecnologia Fused Deposition Modeling (FDM) - que vai imprimindo em um material plástico em forma de filamento. O fio vai formando camada por camada. Se você observar uma peça feita em impressoras 3D você vai enxergar diversas linhas.
Esse plástico é bastante resistente?
Trata-se de um fio de 1,75 milímetros feito de um plástico similar ao do para-choque de carro, chamado ABS . Você o adquire em rolos de um quilo, em diversas cores.
E quanto tempo leva para fazer uma peça 3D?
A logomarca levou, no total, sete horas para ser impressa. As impressões ainda são lentas, mas o tempo de impressão varia com o tamanho e a quantidade de peças. E muitas vezes é preciso imprimir diversas peças para montar uma única peça. Isso ocorre quando o objeto é maior que a área de impressão ou ele tem um formato irregular. Então, se imprime as partes separadamente e depois monta. Essa do Núcleo Jovem foi montada a partir de três peças.
Qual a área da sua impressora e quais os outros tamanhos?
A área da impressora é de 30 centímetros por 25 centímetros, com altura de 25 centímetros. Para minha empresa, onde produzo maquetes para projetos de engenharia e arquitetura, é suficiente e fiz um investimento médio de R$ 5 mil. No entanto tem maiores, cujo valor pode chegar a R$ 20 mil. A matéria-prima também é muito cara, variando entre R$ 120 e R$ 160, o quilo.
Mas valeu o investimento?
Sim. Valeu. A pessoa visualizar o projeto. Aí ele sai primeiro em 2D, que é de um jeito. Depois em 3D, que é outra coisa. Agora, ter o projeto na sua mão, como a sua casa projetada, ela enxerga o projeto com outro olhar. E pra mecânica a mesma coisa. Se quiser fazer uma nova garrafa de refrigerante, por exemplo, com a impressora 3D consigo desenvolver um protótipo e dar na sua mão. Com isso é possível testar aspectos como ergonomia.
Alguns objetos feitos por Leandro Lealis na impressora 3D:
Deborah Moreira
Imprensa SEESP