O Índice do Custo de Vida (ICV) do município de São Paulo variou 0,21% entre junho e julho, segundo cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em 2016, a taxa acumula alta de 4,94% e, entre agosto de 2015 e julho de 2016, de 8,25%.
Pelo terceiro mês consecutivo, de acordo com o índice por estrato de renda, as famílias com menor renda, pertencentes ao estrato 11, foram as mais afetadas pela inflação: a taxa subiu 0,47% para elas, em relação ao mês anterior. As pertencentes ao estrato 3, ou aquelas com maior renda, foram as que menos sentiram o impacto da alta nos preços: 0,12%. Para as famílias do estrato intermediário, a taxa foi de 0,30%. Em 2016, o ICV acumula 6,04% para as famílias do estrato 1, 5,39% para as do estrato 2 e 4,45% para as do estrato 3. Em 12 meses, os estratos de renda mais baixos foram os que apresentaram as maiores taxas: 9,00% para o estrato 1; 8,71% para o 2; e, 7,85% para o 3.
Para o índice geral, em julho, o grupo que registrou a maior alta foi a Alimentação (0,85%), que contribuiu com 0,27 ponto percentual (p.p.) para a taxa do mês. Já a redução dos grupos Habitação (-0,44%) e Transporte (-0,30%) contribuiu com -0,14 p.p. para o índice de julho (Tabela 1 e Gráfico 1).
No grupo Habitação, a retração de -0,44% resultou da queda na tarifa de energia elétrica (-7,26%), que trouxe impacto tanto para o subgrupo operação do domicílio (-1,60%) como para o locação, impostos e condomínio (-0,11%). Já o subgrupo conservação do domicílio apresentou aumento de 3,34%, devido à elevação do preço da mão de obra da construção civil (5,96%).
As variações de -3,90% no preço do álcool e de -0,42% no da gasolina fizeram com que o subgrupo transporte individual apresentasse taxa negativa (-0,62%). Houve aumento de 4,30% nas tarifas de ônibus interestadual e a taxa do subgrupo transporte coletivo ficou em 0,36%. Como resultado, o grupo Transporte apresentou decréscimo de -0,30%.
As taxas dos subgrupos da Alimentação (0,85%) foram as seguintes: produtos in natura e semielaborados (0,17%), alimentação fora do domicílio (0,92%) e indústria alimentícia (1,78%).
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Fonte: Dieese