O Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), instituição pioneira a oferecer a graduação em Engenharia de Inovação, preparou um programa de pós lato sensu para 2017 que tem o objetivo de atender demandas do mercado e oferecer formação qualificada. No total, serão 15 cursos oferecidos ao longo do ano, na capital paulista, no interior do Estado e também no Rio de Janeiro e em Fortaleza. As atividades atendem profissionais de diversas áreas para capacitação em setores estratégicos ao desenvolvimento do País. A marca da inovação está em todos eles.
“Pretendemos formar para inovar e empreender, em benefício da sociedade. Queremos transferir para a pós-graduação o que acumulamos na graduação. Ou seja, oferecer cursos com características diferenciadas, adicionando um ingrediente a mais, uma disciplina ou atividade, que acrescente uma nova visão, gerando novos conteúdos”, explica Antonio Octaviano, diretor de Extensão e Serviços de Consultoria do Isitec.
Foto: Beatriz Arruda
Equipe do Isitec e parceiros, da esq. para a dir.: Antonio Octaviano, diretor; João Gaspar, da TI Lab; Rosângela Castanheira,
da Triade Engenharia de Custos e professora do curso de BIM; Angélica Perez, da comunicação;
Denésio Carvalho, Meire Garcia e Regina Ruschel, coordenadores.
Um exemplo desse objetivo é o curso “European Energy Manager: Gestão de Energia”, voltado à eficiência energética, que possui dupla certificação. Isso porque o aluno que passa por ele também tem direito a fazer parte de uma rede global de engenheiros especialistas em eficiência energética, por meio da qual pode trocar informações e conhecimento tecnológico.
De origem alemã, a formação chegou ao País em parceria com o Intelligent Energy Europe Programme (IEE), da União Europeia. Com duração de 18 meses (380 horas), está na quinta turma. Duas novas iniciam-se em 17 e 24 de março, nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, respectivamente. As aulas serão quinzenais, sempre às sextas, das 19h às 23h, e aos sábados, das 8h às 17h. Denésio de Andrade Carvalho, consultor de pós-graduação do Isitec, lembra que, nesse curso, profissional e empresa saem ganhando. “Ao final, o aluno produz um projeto no ramo que ele escolher, geralmente para seu local de trabalho. Ou seja, a empresa que investir nessa formação receberá um projeto de eficiência energética, obtendo redução de custos com novas tecnologias. Além disso, retém esse funcionário, oferecendo formação qualificada.”
A partir de março, cinco cidades paulistas oferecerão o curso “Engenharia de Segurança do Trabalho”, com duração de dois anos (680 horas). A formação tem um módulo extra de 40 horas, voltado à necessidade específica de cada localidade ou região. Assim, em São Paulo, Itapetininga, Bauru e São José do Rio Preto, o foco será na agricultura. Em Campinas, o tema a ser acrescido na grade, provavelmente ligado à indústria, será decidido pelos alunos que formarem a turma.
Para o coordenador pedagógico do curso, o professor Celso Atienza, diretor da FNE, é urgente atender as diversas especificidades da Engenharia de Segurança: “A agricultura demanda conhecimentos tanto no plantio, quanto na parte industrial. Os riscos desse setor são diferentes, como por exemplo o uso correto de produtos agrícolas, a mecanização do campo, além de práticas inovadoras de agroecologia.”
Parcerias
As parcerias têm sido fundamentais para a formatação dos currículos. “Temos um corpo docente que se dedica à graduação. Por isso, toda a pós-graduação é feita a partir de parcerias com instituições e profissionais qualificados e renomados no mercado. E essa fórmula tem se mostrado exitosa”, observa Octaviano.
Algumas delas renderam novidades, como o curso “Modelagem da informação da construção”, para atualizar profissionais no uso da ferramenta Building Information Modeling, conhecida pela sigla BIM, que tem coordenação pedagógica da professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Regina Coeli Ruschel.
A arquiteta Meire Garcia, coordenadora administrativa desse e de outros cursos da pós-graduação do Isitec, lembra que essa será a ferramenta mais utilizada nos escritórios em um prazo de dez anos. “Os projetos saíram da prancheta e foram para o AutoCad e assim permanecem na grande maioria dos escritórios. Porém, uma evolução está ocorrendo, que é a mudança para o BIM, uma plataforma digital em 3D para planejar e unificar todos os projetos que envolvem uma obra, como de construção, elétrica e arquitetura”, explica.
Outras duas propostas do Isitec foram pensadas para atender recém-formados que pretendem atuar em escritórios ou montar o seu próprio: “Gestão eficaz de escritórios de engenharia e arquitetura”, coordenado e ministrado pelo professor Ênio Padilha, que atua no mercado há 20 anos; e “Engenharia da lucratividade”, coordenado e ministrado pelo professor Mozart Bezerra da Silva. “Montada exclusivamente para o Isitec, a formação pretende dar aporte aos profissionais que saem das faculdades sem essa noção de empreendedorismo”, conta Garcia.
Outra opção é “Gestão ambiental sustentável”, coordenado pelo professor João Sergio Cordeiro, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com início previsto em abril (em São Paulo) e setembro (em Marília). Um diferencial nessa proposta é o módulo sobre “Valoração do dano ambiental”. “Vimos o desastre que ocorreu em Mariana. Quais os critérios, as ferramentas, como você mensura o que foi perdido em uma tragédia como essa?”, indaga Octaviano.
Também atual é o curso de “Gestão de TI com ênfase em inovação”, em que seu coordenador, Ricardo Gedra, que tem 20 anos de experiência profissional e há dez coordena cursos de pós-graduação, inclui o aspecto social na implementação ou aperfeiçoamento de um sistema de gestão de TI, visando a integração dinâmica dos diversos departamentos de uma empresa.
Serão oferecidas no segundo semestre, ainda sem data definida, especializações em “Energia solar fotovoltaica” e “Excelência operacional”.
Interessados podem obter mais informações e se inscrever nos cursos no Site, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou telefone (11) 3254-6850.
Deborah Moreira
Matéria publicada no jornal Engenheiro, Edição 177, de fevereiro de 2017