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12/04/2017

Opinião - Nossa força

João Guilherme Vargas Netto*

De hoje até o dia 28 o que se deve fazer é preparar com cuidado e empenho o sucesso daquela jornada, sem divisões, sem vacilações, sem confusões.

A conjuntura tem evoluído favoravelmente à nossa resistência e obrigado o governo a anúncios sucessivos de concessões e mudanças nas “deformas”.

Até a ameaça intempestiva de que na “deforma” trabalhista seria suprimido o imposto sindical teve que ser desmentida pelo próprio presidente da República, preocupado pelos efeitos desta provocação.

A “deforma” previdenciária levou um tiro certeiro da CNBB que denunciou a falta de clareza e de lisura do governo sobre os números e os problemas da Previdência.

A própria aprovação e promulgação da famigerada lei da terceirização irrestrita fez cair a ficha para milhões de jovens trabalhadores. A avidez dos empresários e a desfaçatez de seus anúncios mascaram a insegurança jurídica e excitam os ânimos.

Em cada cidade brasileira, sob o impulso do movimento sindical e dos movimentos sociais, pratica-se o esquenta para o dia 28. São milhares de pequenos atos significativos, além de propaganda e denúncias públicas. Cada sindicato prepara-se, a seu modo, para a grande data. Os prédios sindicais são ornamentados com faixas e cartazes e todos os serviços sindicais – com especial atenção à comunicação – são acionados e preparados para o grande dia.

As jornadas anteriores, do dia 15 e do dia 31 de março, foram dois grandes testes nos quais se demonstrou a relevância do movimento sindical e dos movimentos sociais e a vontade de se manifestar da população.

Para nossos adversários o clima não está ameno, pelo contrário, é um período de ventos e tempestades; o primeiro grande efeito das últimas delações é a completa paralisia na condução das “deformas”. O que já não era sólido desmancha-se ainda mais no ar.

É preciso que mantenhamos nosso rumo unitário e nosso empenho mobilizador. A força demonstrada no dia 28 de abril será nossa força no futuro.

 


João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical

 

 

 

 

 

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