Fonte: Agência Sindical
O "Dia do Basta", realizado pelas Centrais Sindicais, levou milhares de trabalhadores às ruas contra o desemprego, a retirada de direitos e as ameaças de desmonte da Previdência Social. A sexta-feira (10/8) começou com paralisações, atrasos de turnos, atos em portas de fábricas e em locais de grande circulação por todo o País.
Foto: Agência Sindical
Logo no início da manhã, petroleiros protestaram em diversas refinarias da Petrobras. Também na madrugada, metalúrgicos atrasaram a entrada nas fábricas e fizeram assembleias em Curitiba, São Paulo e na região do ABC.
A região de Sorocaba, Interior de São Paulo, amanheceu sem transporte público. Em Natal (RN), motoristas e cobradores pararam as atividades por duas horas. Trabalhadores fizeram caminhada pelo Centro de Fortaleza (CE) e Salvador (BA). Já em Recife, os servidores decidiram parar as atividades e fecharam agências do INSS.
No Rio Grande do Sul, três mil pessoas participam dos atos em Porto Alegre e algumas agências bancárias na região central da cidade ficaram fechadas até às 11 horas. Bancários também colocaram faixas de protesto em agências do Centro Velho de São Paulo.
Juros
“Além de todas as reivindicações deste Dia do Basta, queremos denunciar também os juros altos. A culpa é dos banqueiros. Com juros altos ninguém consegue financiar, por exemplo, uma casa própria”, destacou Ivone Silva, presidente do Sindicato dos Bancários.
O ato na capital paulista reuniu cerca de dez mil pessoas, segundo os organizadores. A manifestação ocorreu em frente à Fiesp, na avenida Paulista, no final da manhã. Várias categorias participaram, como metalúrgicos, químicos, professores, trabalhadores em condomínios, na indústria da alimentação e refeições coletivas, entre outros.
Voto
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, destacou os três eixos escolhidos para o ato: empregos, direitos e aposentadoria. “Estamos mostrando que não dá pra aguentar o desemprego, a falta de vergonha na política e a corrupção. Por isso, basta! Outubro está aí: é hora de dar o troco. Não podemos reeleger quem votou contra os trabalhadores”, discursou.