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28/06/2019

Governo do Estado repassa R$ 100 milhões à Fapesp

Agência Fapesp

Mobilizar a capacidade científica do Estado de São Paulo, unindo universidades, institutos de pesquisa, empresas, terceiro setor e órgãos governamentais na missão de resolver problemas de relevância social e econômica. Este é o objetivo da chamada Ciência para o Desenvolvimento, apresentada nesta quinta-feira (27/06) na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A iniciativa, que visa apoiar a criação de Núcleos de Pesquisa Orientada a Problemas em São Paulo (NPOP-SP), foi anunciada em cerimônia realizada na sede da Fundação, com a presença do governador João Doria e da secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen.


Felipe Maeda/Agência Fapesp

cerimonia verba foto Felipe Maeda Ag Fapesp

A iniciativa deverá mobilizar cerca de R$ 400 milhões nos próximos cinco anos. A Fapesp destinará um total de R$ 100 milhões aos projetos aprovados e espera-se que as entidades parceiras – empresas, ONGs ou órgãos governamentais – invistam pelo menos um valor equivalente. Já as instituições-sede dos projetos deverão aplicar outros R$ 200 milhões como contrapartida econômica.


“É uma obrigação para um governo responsável apoiar a pesquisa e a inovação. Essa soma de forças é fundamental para um Estado que lidera o Brasil”, disse Doria.


Marco Antonio Zago, presidente da Fapesp, destacou que quase 50% da produção científica brasileira é feita em São Paulo – a única unidade da Federação em que os investimentos do setor privado em ciência e tecnologia superam os do setor público e também onde há mais pesquisadores atuando em empresas do que no setor acadêmico.


“O fortalecimento da pesquisa acadêmica tradicional, da qual o Estado tanto se orgulha, é acompanhado do sucesso crescente de programas com perfil mais tecnológico e de inovação. Não há competição, apenas complementaridade. Este novo programa é um convite para que institutos de pesquisa, universidades, empresas e órgãos governamentais se associem para ampliar as oportunidades de desenvolvimento do nosso Estado”, disse. A chamada prevê apoio de longo prazo aos projetos selecionados, em um modelo de cofinanciamento.


“Entendemos que há necessidade de associar as universidades e os institutos de pesquisa públicos e privados com as empresas, os órgãos do governo ou do terceiro setor – que são as instituições com capacidade de aplicar os resultados dos projetos, seja para aumentar a competitividade econômica ou para elaborar leis e políticas públicas que vão melhorar a qualidade de vida do cidadão”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp.


“Nossa estratégia tem sido mobilizar recursos adicionais, para que o governo não tenha de fazer todo o investimento. Estamos também fazendo um esforço para conectar os projetos de pesquisa aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável [coleção de 17 metas globais estabelecidas pela Organização das Nações Unidas para 2030]. Os tópicos incluídos no edital têm relação com pelo menos 14 dos 17 objetivos propostos”, disse Brito Cruz.


Entre as áreas de interesse da chamada Ciência para o Desenvolvimento estão Agricultura, Saúde, Cidades Inteligentes, Manufatura Avançada, Energia para o Desenvolvimento, Redução da Desigualdade e Conservação Ambiental e Sustentabilidade, com uma série de subtemas especificados no texto.


Doria destacou duas que vão ao encontro das prioridades do governo de São Paulo: Cidades Inteligentes (com foco em segurança pública) e Redução da Desigualdade (com foco na geração de empregos).


“O ideal é que a inteligência aplicada à segurança pública previna o crime e permita a ação policial planejada, eficiente e fundamentada na pesquisa, garantindo melhor qualidade de vida e evitando o confronto nas ruas, nos campos, onde for”, disse.

 



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