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16/07/2019

Compartilhar postes é solução para excesso de fio

Com informações da assessoria de imprensa

 

Provedores de Internet e operadoras de telecomunicações, de concessionárias de energia elétrica e associações de classe discutirão formas de compartilhar os espaços para reduzir custos e acabar com o emaranhado de cabos que se tornou problema nas cidades brasileiras, no dia 29 e agosto. Nos últimos anos esta cena tem sido comum nas cidades brasileiras, contribuindo para a poluição visual. A princípio, é possível constatar o serviço mal feito pelas concessionárias de energia elétrica, operadoras de telecomunicações e provedores de internet. No entanto, a questão vai ainda mais além: a ausência de fiscalização coloca em risco a segurança da população.

 

 

workshop de compartilhamento de postes



Com o objetivo de encontrar soluções para este problema e até novos modelos de negócio, será realizado o 1º Workshop RTI de compartilhamento de Postes como parte da NETCOM 2019, evento dos setores de Telecom e Tecnologia da Informação (TI), que acontecerá na Expo Center Norte em São Paulo, de 27 a 29 de agosto.

 

O 1º Workshop RTI de compartilhamento de Postes está marcado para o dia 29, das 9h às 18h, e terá como moderador, Marcius Vitale, CEO da Vitale Consultoria, coordenador do Grupo de Infraestrutura de Telecomunicações do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) e presidente da Associação dos Diplomados do Instituto Nacional de Telecomunicações (Adinatel).

Entre os palestrantes, o diretor do SEESP Carlos Kirchner, da Delegacia Sindical de Bauru, que abordará o tema "O município e a infraestrutura de telecomunicações", às 17h30.

Haverá palestras e debates com a participação de representantes de associações de classe e empresas como Abrint, Abranet, Abramulti, Anatel, Seesp, FNE, Enel, Cemig, e também do Ministério da Economia.

 

Vitale explica que o problema começou após a privatização do sistema de telefonia no Brasil. Apesar dos indiscutíveis avanços, o processo possibilitou a entrada de inúmeras empresas no setor, porém, o espaço disputado para a instalação de cabos é insuficiente para atender a demanda. Antes da privatização havia, basicamente, uma empresa de telecomunicação em cada estado e concessionárias regionais de energia elétrica.

 

“Hoje, o Brasil tem quase 10 mil empresas nos setores de telecomunicações e internet. Localidades, como a região da Vila Olímpia, em São Paulo, contam com cerca de 70 operadores passando cabeamento em um espaço minúsculo, muitas vezes sem ao menos ter o projeto aprovado”, conta o especialista.

 

Pelas normas vigentes, a parte mais alta dos postes é usada para fixação de cabos elétricos. Abaixo, ficou determinado um espaço de 500 milímetros (meio metro), com cinco pontos de fixação de cabos de telefonia, internet e TV por assinatura. O problema está nesses 50 centímetros.

 

Com apenas cinco pontos de fixação, como fazer para que tantas empresas sejam atendidas? Autorizadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a operarem, mas sem um ponto específico para instalar cabos, muitas operadoras têm seus projetos reprovados, mas instalam assim mesmo. Quando a fiscalização descobre, os fios são cortados. Daí o cenário de relaxo e abandono que, além de deixar as ruas mais feias, pode gerar acidentes, pois muitos fios ficam com uma de suas pontas sobre as calçadas.

 

“A solução está no compartilhamento desses pontos e no aproveitamento das tecnologias atuais. Há microdutos que suportam até sete microcabos de fibra óptica. Ou seja, o mesmo espaço pode ser usado por várias operadoras em conjunto e os custos com taxas e manutenção podem ser divididos entre elas. Mas há muita dificuldade para um acordo, porque existe o receio de que o funcionário de uma empresa possa cometer algum erro que prejudique as demais, enfim, também é preciso que haja regras que possibilitem controlar as relações entre os envolvidos”, enfatiza Vitale.

 

Segundo Marcius Vitale, parte do problema poderia ser resolvido com a instalação de cabos em dutos, no subsolo das cidades, mas como os municípios não contam com regras claras, a ocupação desses espaços tem sido feita de forma desordenada e está igualmente congestionada. Sem contar o fato de que os municípios não têm muito poder de regulação nessa área e pouco podem fazer. “Isso tem que ser resolvido porque a Internet 5G e a Internet das Coisas estão para chegar. Essas tecnologias precisam de uma estrutura bem estável para funcionarem corretamente”, alerta Vitale.

A feira NETCOM 2019 ocorreu entre Data: 27 e 29 de agosto, no Pavilhão Verde – Expo Center Norte - Rua José Bernardo Pinto, 333 – São Paulo. Além do congresso, das 9h às 18h; haverá exposição das 12h às 20h. Mais informações sobre programação, valores e inscrições no site do evento ou no Facebook.


Programação do 1º Workshop RTI de compartilhamento de Postes - dia 29 de Agosto

9h30

Painel de debates - Procedimentos de segurança em projetos de implantação e manutenção de infraestrutura de telecomunicações

Moderador: Robson Lima da Silva, Presidente Nacional da Abramulti

Programa de fiscalização do Ministério da Economia para o setor de telecomunicações

Gianfranco Pampalon, Auditor Fiscal do Trabalho do Ministério da Economia

Interface da NR10 e NR35 em manutenção de redes de telecomunicações

Agnaldo Bizzo de Almeida, Sócio Diretor da DPST – Desenvolvimento e Planejamento em Segurança do Trabalho

10h30

Intervalo

11h00

Painel de debates - Novas tecnologias para compartilhamento de infraestrutura de redes de telecomunicações

Moderador: Marcius Vitale, CEO da Vitale Consultoria, Coordenador do Grupo de Infraestrutura de Telecomunicações do SEESP e Presidente da Adinatel

12h45

Almoço

14h00

Painel de debates - Câmara de conflitos, ordenamento das redes e revisão da Resolução Nº 004

Moderador: Eduardo Neger, Presidente da Abranet
Fábio Casotti – Gerente de Monitoramento das Relações entre Prestadoras da Anatel

15h30

Intervalo

16h00

Painel de debates – Aplicação prática da Resolução Normativa ANEEL Nº 797, de 12 de dezembro de 2017

Moderador: Abrint
João José Magalhães Soares, Engenheiro de Processos Comerciais da CEMIG
Sidney Simonaggio, Vice-Presidente de Gestão da Receita, Atendimento e Regulação da ENEL

17h30

O município e a infraestrutura de telecomunicações – Case de sucesso de Bauru

Carlos Augusto Ramos Kirchner, Diretor do SEESP – Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo

18h00

Encerramento




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