TelComp
Na última semana de abril, na qual as empresas se debruçam sobre o tema “Segurança do Trabalho”, a Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (TelComp), que reúne mais de 70 operadoras em todo o País, realizou uma live exclusiva para suas associadas com o tema “Segurança do trabalho: processos de atualização das Normas Regulamentadoras (NRs) aplicáveis ao setor Planta Externa de Telecomunicações”.
O evento reuniu os especialistas Marcius Vitale, engenheiro de Telecomunicações, Segurança do Trabalho e coordenador do grupo de Infraestrutura do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP); Aguinaldo Bizzo de Almeida, engenheiro Eletricista, diretor do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP), membro do Grupo Técnico de Trabalho (GTT) da NR10; e Gianfranco Pampalon, engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho, além de membro do CNTT do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na elaboração da NR35.
Além de informar e atualizar suas associadas sobre as exigências legais e demais questões regulatórias do setor e cuja abrangência se estende à realidade das operadoras competitivas, como segurança de campo em postes, em redes aéreas e subterrâneas, entre outros temas abordados pelos especialistas convidados – o painel serviu de kick-off e warm up para o plano de trabalho a ser desenvolvido pela TelComp, que contemplará um manual de boas práticas de segurança do trabalho e autorregulação e um calendário de treinamentos para capacitar os quadros das operadoras associadas à entidade.
O engenheiro Marcius Vitale discorreu em sua apresentação sobre a evolução do trabalho de campo, boas e más práticas e as medidas de segurança que devem ser aplicadas para mitigar e evitar todos os tipos de acidentes, dos mais corriqueiros aos fatais.
Já o engenheiro eletricista Aguinaldo Bizzo de Almeida relatou uma série de ocorrências e práticas em campo que ainda são cometidas pelos profissionais que devem ser corrigidas. “Há ainda muitos registros de técnicos em escadas metálicas apenas de capacete mas sem a proteção ou o ancoramento necessários, enquanto mexem na rede elétrica. Esse tipo de acidente é fatal, seja pelo choque, pela queda ou pela soma de todos esses fatores.”
O engenheiro civil Gianfranco Pampalon, por sua vez, destacou em sua apresentação a gravidade dos acidentes de trabalho ocorridos por escalada em postes. “De todos os registros de acidentes laborais de profissionais ligados ao segmento de telecom, a queda por altura é a mais comum, representando cerca de 29% dos acidentes em campo de acordo com os registros do CAT”, informou. Para Pampalon, é fundamental que as empresas de Telecom implantem um efetivo gerenciamento de riscos ocupacionais (GRO), com a adoção de medidas de proteção individuais, coletivas e administrativas, a fim de eliminar e minimizar os fatores de risco, ampliando e garantindo assim a proteção a seus colaboradores.