Agência Sindical
Centrais sindicais, entidades de servidores e movimentos sociais realizam na quarta-feira (18/3) atos e protestos em todo o Brasil contra os ataques aos serviços públicos, às estatais e em defesa do emprego, dos direitos e da democracia. A principal crítica e à política econômica do governo e incapacidade de Bolsonaro/Guedes no enfrentamento da grave crise econômica e social. Centrais e sindicatos se reúnem hoje (12/3), no Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em São Paulo, para ultimar os preparativos das manifestações.
À Agência Sindical, Francisca Pereira, dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação e do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), conta como está a mobilização. Segundo ela, o movimento ganhou apoio de amplos setores do sindicalismo e da sociedade. “Iniciativas do governo como a MP 905, que legaliza o trabalho precário, a reforma que desmonta o Estado, além das declarações de Bolsonaro contra a democracia, aumentam o ímpeto do protesto dia 18”, afirma Francisca.
José Rivaldo da Silva, secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telégrafos, afirma: “A mobilização será forte, ante os ataques e a retirada de direitos que vem sendo conduzida pelo governo contra a empresa e seus trabalhadores.”
Para Sérgio Ronaldo da Silva, da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, o dia 18 será uma resposta firme às afrontas do governo aos servidores. O dirigente orienta a categoria a dialogar com a população, a fim de mostrar como o desmonte do setor público afeta o povo. “Quem utiliza o SUS [Sistema Único de Saúde] e a educação pública são os mais carentes. É o povão que paga na pele os desmandos do governo”, afirma.
Secretário-geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, explica que a falta de investimentos públicos impede a geração de empregos e renda e leva colapso aos serviços públicos, prejudicando milhares de brasileiros, como os que estão nas filas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou à espera do Bolsa Família. “Estamos trabalhando por um grande ato”, diz Wagner.