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17/03/2020

Centrais cobram plano emergencial de proteção aos trabalhadores e à economia

Agência Sindical

funcionarios aeroporto rio homeReunidas no Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em São Paulo, nesta segunda (16/3), as centrais sindicais debateram o cenário nacional devido à propagação do coronavírus. Para os sindicalistas, é preciso conscientizar a população acerca da gravidade do problema e de seus impactos na vida social e econômica do País, com riscos ao mercado de trabalho.


Presidente da Força Sindical, Miguel Torres afirma que o sindicalismo deve propor ao governo e ao Parlamento um conjunto de ações em defesa dos trabalhadores e da economia. Ele diz: “Reivindicamos um plano emergencial de apoio à atividade econômica, a geração de empregos e a garantia de renda dos trabalhadores”.


Segundo o dirigente, a ideia é agendar reuniões com os líderes do Congresso Nacional a quem deverão entregar documento de propostas e reivindicações. “Nos próximos dias tentaremos nos reunir com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, David Alcolumbre, a fim de entregar o documento e cobrar ações”, diz Miguel Torres.


Adilson Araújo, presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), reforça que faltam iniciativas e mais responsabilidade por parte do governo. “É momento de medidas emergenciais. Mas o Presidente da República mostra não estar preocupado, visto sua atitude domingo, quando compareceu em manifestação, contrariando recomendações médicas”, afirma.


De acordo com ele, as centrais atuarão no sentido de conscientizar a sociedade. “Precisamos passar a mensagem de que é urgente enfrentar o problema da grave crise, que agora se agrava com a pandemia do coronavírus. O governo deve adotar medidas reais para amenizar esses impactos”, ele defende.

Para o Dieese, o conjunto da classe trabalhadora deve ser protegido. Fausto Augusto Junior, seu diretor técnico, orienta que o sindicalismo deve estar atento para que trabalhadores não sejam explorados com a imposição de férias coletivas, banco de horas e outras medidas unilaterais. “Devemos garantir os direitos, e cabe ao Estado criar mecanismos pra que isso se efetive. Neste momento, é preciso proteger os trabalhadores, que não podem pagar a conta dessa epidemia” alerta.


Dia 18

As centrais cancelaram os atos do dia 18, seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de evitar aglomerações. No entanto, está mantida a mobilização na base em defesa da pauta dos servidores públicos e trabalhadores da educação. "A mobilização por serviços públicos de qualidade, proteção do servidor e empregos é permanente", reforça Miguel Torres.

Acesse a nota das centrais aqui

 


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