João Guilherme Vargas Netto*
Com efeito, mesmo antes da pandemia e com ela sacrificando o povo, as sucessivas pautas unitárias apresentadas pelos dirigentes sindicais refletiram o que de mais efetivo foi apresentado aos trabalhadores e ao povo como bandeiras de luta e métodos de ação.
Se analisarmos criteriosamente todas as iniciativas (em particular as iniciativas do campo oposicionista), as do movimento sindical revelaram-se certeiras e promissoras.
Três exemplos de síntese: o 1º de Maio virtual, de grande amplitude e alcance, que abriu caminho às sucessivas lives entre dirigentes sindicais e outras personalidades; os sucessivos pronunciamentos em defesa da vida, dos auxílios emergenciais e do emprego (É de se desejar uma edição consolidada de todos eles, sempre adaptados às conjunturas e avançando de acordo com as necessidades); e a vitoriosa greve de três semanas dos metalúrgicos do Paraná que alterou para melhor as relações de trabalho nas grandes empresas.
Nos dias de hoje a atitude coletiva dos dirigentes sindicais continua se apoiando em um tripé de exigências e de lutas:
1- Em defesa da vida, do distanciamento social, das medidas sanitárias de prevenção e pelo fortalecimento do SUS. A grande intervenção hoje nessa exigência é a proibição da volta intempestiva às salas de aula;
2- Em defesa dos auxílios emergenciais, garantindo-se os R$ 600,00 até dezembro e exigindo-se a regulamentação da Lei Aldir Blanc com o fluxo do dinheiro, bem como o crédito às micro e pequenas empresas e as verbas para estados e municípios;
3- Em defesa do emprego, a começar pelo emprego de quem está empregado, passando pelo emprego para quem não encontra trabalho hoje e chegando até a criação de frentes de trabalho, municipais, estaduais e federais, com subsídio público para ações de manutenção de vias, conservação do meio ambiente, retomada de obras paradas e ações sociais de solidariedade (inclusive sanitárias e de amparo à pobreza).
As direções sindicais agem apoiadas nesse tripé.
* Consultor sindical