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24/09/2020

Modernizar São Paulo e facilitar a vida de quem trabalha, defende Andrea Matarazzo

 

Comunicação SEESP

 

“Prioridade é emprego.” A afirmação foi feita pelo candidato a prefeito de São Paulo pelo Partido Social Democrático (PSD), Andrea Matarazzo, em sua participação no ciclo de debates “A engenharia e a cidade”, promovido pelo SEESP, nesta quarta-feira (23/9).

 

A iniciativa de convidar democraticamente todos os que estão na corrida por cargos executivos já é tradição do sindicato. Em meio à pandemia, a única diferença ante as eleições municipais deste ano, marcadas para 15 e 29 de novembro próximo (primeiro e segundo turnos respectivamente), é que os encontros são online, através de webinar no Youtube e no Facebook da entidade.

 

Mais uma mostra da responsabilidade que caracteriza o SEESP – que se mantém atuante em prol dos engenheiros e da sociedade ao mesmo tempo em que busca contribuir neste momento para conter a disseminação da Covid-19.

 

Matarazzo já ocupou diversos cargos públicos, como ministro, secretário municipal e estadual, subprefeito da Sé, embaixador. É também ex-presidente da Companhia Energética de São Paulo (Cesp). “Estamos falando da vigésima cidade do mundo. Ser prefeito é a consagração da minha carreira pública e me preparei para isso”, destacou.

 

Logo ao início, revelou assim que almeja o cargo para retribuir tudo o que a cidade deu a sua família e pela indignação de ver “o que fizeram e estão fazendo com São Paulo”. “Aqui era a terra da oportunidade, do emprego e da esperança”, frisou, dizendo que a Capital se tornou o inverso disso.

 

Acima, da esq. para a dir., Murilo e Bibbo, na atividade com Andrea Matarazzo.

(Reprodução Youtube)

 

Para ele, as dificuldades não decorrem de falta de recursos – o orçamento da cidade, ressaltou, é de cerca de R$ 70 bilhões, e a Prefeitura tem em caixa R$ 17 bi. O problema, na sua concepção, é má gestão e decisões equivocadas.

 

“Em março, com o início da pandemia, o prefeito mandou fechar as lojas. Pediu para o governo federal parar de cobrar a dívida da Prefeitura, mas continuou cobrando IPTU [Imposto Predial e Territorial Urbano]. Em vez de suspendê-lo, investiu R$ 100 milhões numa fonte luminosa no Anhangabau. Muita gente foi demitida, e hoje temos 100 mil comerciários desempregados”, criticou.

 

E continuou: “A cidade tem 12 milhões de habitantes. O pessoal fala que é a mais rica do Brasil, até é. Mas 3,5 milhões de pessoas não têm saneamento básico. Na periferia não tem internet. São 1.280 favelas onde moram 3 milhões. Quando estava na Prefeitura, pavimentei 1.500 ruas novas, mas ainda há ruas de terra em vários lugares.”

 

Em seu diagnóstico, Matarazzo observou as disparidades entre os bairros. Em Marsilac, conforme ele, a cada mil crianças que nascem, 25 morrem antes de completar um ano de idade; já em Pinheiros, apenas uma. Na Cidade Tiradentes, ainda de acordo com sua explanação, a expectativa de vida é de 59 anos. Em Moema é de 80. “Dá para eliminar essas desigualdades, é questão de definir prioridades”, acredita.

 

Assim, defende que “governar é fazer escolhas difíceis”. Ao encontro disso, apresentou como um dos pontos centrais de seu programa a regularização fundiária, trabalhando “da periferia para o centro”.

 

“Noventa por cento dos empregos formais da cidade estão no centro expandido, e 50% das pessoas moram na periferia. Levam cinco, seis horas por dia no transporte público. Por que os empregos não estão lá? Por que você não consegue encontrar terreno para implantar empresas, é tudo irregular. Na Cidade Tiradentes tem 26 licenças de funcionamento [de comércio e serviços]. No Grajaú não deve ter nenhuma, porque é área de manancial. Mas em ambas tem milhares de comércios e serviços. Isso é fonte de corrupção sem fim.”

 

E prometeu: “Vamos regularizar tudo na periferia, todo comércio com menos de 40 metros quadrados e que não seja distribuição de combustível ou fogos de artifício, com a proposta que se transformem em MEIs [microempreendedores individuais]. A Lei de Liberdade Econômica permite isso.”

 

Alinhado a isso, propugnou pela modernização e combate à corrupção, com simplificação de processos e redução da burocracia. “Temos que facilitar a vida de quem quer trabalhar. Voltar a fazer São Paulo ser a terra da oportunidade.”

  

Ademais, lembrou que a regularização fundiária e urbanização de favelas são a forma de levar saneamento básico a esses locais. Ele se comprometeu ainda a levar sinal de celular e internet para as periferias, já que “EaD [ensino a distância] veio para ficar”.

 

Também afirmou a intenção de investir em educação e cultura com programas integrados à educação. “Temos 350 equipamentos esportivos na cidade e 250 CDCs [Clubes da Comunidade], dos quais metade está na mão do tráfico e metade, de um apaniguado político. Há ainda os CEUs [Centros Educacionais Unificados]. Toda criança, ao fim da aula, irá de ônibus escolar para esses lugares fazer esporte e cultura”, asseverou. A ideia, de acordo com o pré-candidato, é assegurar formação aos jovens e crianças em tempo integral. “Dá para fazer, o orçamento da cultura é de R$ 1 bilhão.”

 

Ainda, pretende aproveitar os 50 teatros da Capital para garantir programação infanto-juvenil durante o dia e adulta à noite, sob administração preferencialmente de organizações sociais (OSs). 

 

 

Parceria e manutenção

 

“São três coisas fundamentais: desenvolvimento humano, investimento nas pessoas e saúde, com programas de treinamento, capacitação e qualificação nos espaços vazios, em parceria com instituições, como sindicatos”, salientou Matarazzo. 

 

João Carlos Gonçalves Bibbo, vice-presidente do SEESP, aproveitou o ensejo para apresentar ao pré-candidato a proposta do sindicato de criação de uma Secretaria de Manutenção com equipe e dotação orçamentária próprias – constante do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, iniciativa da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) com adesão da entidade paulista. Matarazzo concordou de pronto: “É essencial.”

 

Presidente do SEESP, Murilo Pinheiro concluiu afirmando a disposição da entidade em contribuir com propostas. Em outubro próximo, a FNE apresentará seu novo “Cresce Brasil”, abordando recuperação econômica pós-pandemia, em especial a necessidade de tirar do papel os milhares de obras públicas paralisadas. O sindicato encaminhará o documento a todos os candidatos nas próximas eleições municipais.

 

Confira a atividade com Andrea Matarazzo na íntegra:

 

 

 

 

 

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