Agência Fapesp
Uma plataforma baseada em pele tridimensional (3D) desenvolvida pela startup Eleve Science, incubada no Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto, pode ajudar a indústria de cosméticos a realizar testes de avaliação da eficácia e segurança de fotoprotetores e produtos antienvelhecimento em condições muito próximas da realidade e, com isso, eliminar o uso de animais.
Criada por meio de um projeto apoiado pelo Programa Fapesp Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, a plataforma é composta por uma estrutura de, aproximadamente, dois centímetros de diâmetro onde células derivadas de tecidos humanos crescem camada sobre camada, formando um modelo de pele em escala tridimensional.
Segundo pesquisadores, o modelo de pele criado é completo, sendo composto pelas duas principais camadas do órgão, que são a derme e a epiderme, e com melanócitos - células produtoras de melanina, responsáveis pela pigmentação da pele. Isso possibilita avaliar os efeitos da exposição solar na pele em condições muito similares às reais.
Até então, a maioria das metodologias utilizadas para avaliar a eficácia de filtros solares disponíveis atualmente não permite detectar todos os danos que a radiação solar causa sobre as diferentes camadas da pele e, principalmente, as alterações biológicas em nível de DNA ou produção de radicais livres.
Confira vídeo produzido pela Agência Fapesp: