Comunicação SEESP
O SEESP lamenta o falecimento do professor doutor Shozo Motoyama, em 26 de janeiro último. Nascido em 5 de janeiro de 1940, era descendente de imigrantes japoneses do interior de São Paulo, físico formado pela Universidade de São Paulo (USP), doutor em ciências, livre-docente e professor titular da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da mesma instituição. O professor recebeu o Prêmio Personalidade da Tecnologia em 2011 e integrava o Conselho Consultivo da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU). O acadêmico tinha 81 anos (completados no último dia 5 de janeiro) e deixou esposa, dois filhos e três netos.
Motoyama ficou conhecido por sua intensa atuação na vida acadêmica. Mesmo após sua aposentadoria, em 2009, continuou a atuar, contribuindo de maneira incansável na orientação de pós-graduação, docência e produção científica, com mais de 20 dissertações de mestrado e 30 teses de doutorado realizadas sob sua orientação junto ao Programa de História Social da FFLCH. Nos últimos meses, era docente sênior do Departamento de História.
Entre suas contribuições à USP, está o Centro Interunidades de História da Ciência (CHC – http://chc.fflch.usp.br/), fundado por ele em 1988 e dirigido até sua aposentadoria em 2009. Sediado no edifício de Geografia e História da FFLCH (campus Butantã), o CHC acolhe e agrega docentes e pesquisadores das áreas de Filosofia, Física, Astronomia, Engenharias, Biologia, entre tantas outras. Preserva arquivos pessoais e institucionais relevantes para o estudo da História da Ciência e da Técnica no Brasil. Em âmbito nacional, sua atuação foi fundamental para a criação da Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC), em 1983. Internacionalmente, foi diversas vezes pesquisador convidado, com destaque para instituições japonesas como o Science and Engineering Laboratory da Waseda University e o Cosmic Ray Laboratory da University of Tokyo, além de responsável por inúmeras colaborações por meio de convênios e protocolos.
Ana Paula Torres Megiani, historiadora e vice-diretora da FFLCH/USP, escreveu um artigo reunindo outras grandes contribuições do acadêmico que pode ser lido neste link.