João Guilherme Vargas Netto*
Passadas as eleições brasilienses com vitórias e derrotas no atacado e ridículas traições, atropelos e festanças no varejo, os trabalhadores brasileiros continuam temerosos. A doença os castiga, o desemprego os assola, a demagogia dos empresários os desorienta, a fome e a falta de recursos os desesperam e o governo os ataca.
As direções sindicais têm procurado agir com inteligência, determinação e unidade para conter os danos e obter melhores condições de sobrevivência.
Foi assim que as direções sindicais se comportaram desde maio do ano passado e continuaram agora, depois do 5 de janeiro, a implementar os cinco pontos principais de sua pauta, apoiando a campanha de vacinação em massa e com urgência, defendendo auxílios emergenciais e o emprego, exercendo a solidariedade social e tornando relevante o sindicalismo.
Durante todo o mês de janeiro as direções sindicais atuaram de maneira correta e consequente realizando reuniões com os parlamentares envolvidos nas disputas das presidências da Câmara e do Senado apresentando a eles, a seus partidos e à sociedade a pauta prioritária e obtendo deles promessas de aceitação e cumprimento.
Aos presidentes eleitos em Brasília as direções sindicais já cobraram institucionalmente (junto com os cumprimentos de praxe) as medidas prometidas e reafirmadas pelos dois em carta pública.
Mesmo levando em conta a enorme e desfavorável correlação de forças (demonstrada nas votações) insistem em exigir – mais que o cumprimento de promessas – o atendimento das necessidades do povo trabalhador que são marcadamente a vacinação em massa e com urgência e a garantia de auxílios emergenciais aos trabalhadores e às pequenas empresas enquanto durar a pandemia.
É dever democrático, patriótico e classista de cada dirigente sindical desenvolver em suas bases as iniciativas unitárias das direções centrais e continuar demonstrando que o movimento sindical é um polo de nacionalidade.
Sem vacina não há futuro, sem auxílio não há dignidade.
*Consultor sindical.