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01/07/2021

Jornal do Engenheiro: Desmonte do setor elétrico ameaça potencial brasileiro

Comunicação SEESP

A edição do Jornal do Engenheiro de Julho (nº 544) traz um alerta importante sobre o modelo de geração de energia. Enquanto o mundo discute as tendências necessárias das novas fontes não poluentes, o Brasil abre mão de suas vantagens potenciais e avança no desmonte do setor elétrico, aprovando em junho último a Medida Provisória 1.031/2021, que possibilita a privatização da Eletrobras, após inclusão de um bando de jabutis (temas sem conexão com a proposição central para atender interesses específicos). A MP aguarda agora sanção presidencial.

 

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Outro destaque do JE aborda o amplo mercado de trabalho que existe, represado nos últimos anos, nas quatro grandes áreas do saneamento: abastecimento de água potável; esgotamento sanitário; limpeza urbana e resíduos sólidos; e sistemas de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. Apesar de diversos problemas, o novo marco legal do saneamento (Lei 14.026/2020) contém as definições das regras para que estados e municípios adaptem seus projetos de engenharia e para que os novos modelos propostos, que incluem a iniciativa privada, sejam colocados em prática. Contudo, garantem especialistas, terá mais chances o profissional que investir em formação especializada. Pensando nisso, o SEESP oferece, junto com o Grupo Allevant, a partir de agosto próximo, o curso “Engenharia e gestão no saneamento utilizando ferramentas BIM".

O engenheiro eletrônico Fernando Camargo, que atuou no desenvolvimento da urna eletrônica, é o entrevistado deste mês. Entre outros pontos, atestou a segurança dos dados, que vêm sendo objeto de crítica. Existe até mesmo uma defesa pela impressão do voto registrado na urna, que está em discussão no Congresso Nacional: “Desde 1996, a totalização é completamente auditável; você sabe por seção quantos votos teve, se o candidato teve aquela quantidade de votos ou não. Esse problema foi resolvido”, garante Carmargo.

Sem criticar a proposta de impressão do voto  – método que chegou a ser testado em 2002, mas foi abandonado pelo alto índice de falha mecânica e pela falta de utilidade prática do sistema –, o engenheiro defendeu que os partidos cumpram sua obrigação de fiscalizar adequadamente as votações. Propõe ainda que o TSE abra o código do software da urna para ampliar a transparência, até para combater as "teorias da conspiração".

Outra matéria do Jornal que também está em discussão em Brasília é a possibilidade de flexibilização ou mesmo dispensa do licenciamento ambiental, que vai contra a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/1981) e a própria Constituição Federal. Caso seja aprovado, especialistas preveem o aumento no desmatamento da Amazônia e outros biomas, a proliferação de desastres ambientais, o descontrole de todas as formas de poluição e consequente ameaça à saúde humana”. “Trata-se do projeto mais nocivo ao meio ambiente e às populações afetadas por empreendimentos desde 1988”, lamenta o consultor jurídico do Instituto Socioambiental (ISA), Maurício Guetta.

O JE traz ainda o editorial de Murilo Pinheiro sobre a defesa da remuneração digna dos engenheiros e um artigo, do pesquisador Mário Leite Pereira Filho, do Laboratório de Usos Finais e Gestão de Energia do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (LGE-IPT), sobre o armazenamento de energia limpa. E veja também a charge de Maringoni.


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