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09/08/2021

Trabalhadores dos Correios mantêm luta contra privatização

Agência Sindical

Apesar da Câmara dos Deputados aprovar o Projeto de Lei (PL) 521/21, que facilita privatizar os Correios, seus trabalhadores seguem mobilizados. A matéria teve 286 votos a favor e 173 contra e segue para o Senado. Caso seja aprovado, irá a sanção presidencial. Se o PL for aceito sem alteração, o leilão da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) pode ocorrer já no primeiro semestre de 2022.

sintect sp ato masp 24j 24 julho 2021Ato Estadual Unificado em Defesa dos Correios, na Paulista, em 24 de julho, organizado pelos sete sindicatos da categoria em todo o Estado. Foto: Sintect-SP

 

 

Para o governo, a empresa dá prejuízo. Mas estudos provam que é autossuficiente e obtém lucros seguidos nos últimos 20 anos. “Correios não dá prejuízo. Não depende de repasse orçamentário da União. Nos últimos 20 anos, a empresa repassou R$ 12 bilhões aos cofres públicos”, afirma Douglas Melo, diretor do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de SP (Sintect-SP).


Elias Cesário (Diviza), presidente do Sintect-SP e vice da Federação Interestadual, pondera: “Conseguimos 173 votos graças ao diálogo que temos feito. Isso por si só é um avanço na atual conjuntura”. Ele não desanima. “Perdemos a batalha, mas não a guerra. Vamos continuar o diálogo com a sociedade e os parlamentares. Quem vai ser prejudicado é o mais pobre, que depende do serviço postal, e principalmente os trabalhadores do setor”, afirma.


Os Correios empregam 90 mil funcionários. O relator Gil Cutrim (Republicanos-MA) incluiu em seu texto dispositivo que prevê estabilidade de 18 meses para funcionários após privatização. Neste período, os funcionários só poderão ser demitidos por justa causa

Defesa

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) divulgou neste final de semana uma lista com 18 motivos para que toda a população brasileira defenda a empresa pública. Um dos pontos destaca justamente o lucro dos Correios. Só em 2020, a estatal gerou R$ 1,5 bilhão. Muito diferente do que diz a ala privatista do governo.


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