Rumos do sindicalismo e desenvolvimento na pauta
Entre os dias 22 e 24 de setembro próximo, acontece de forma virtual o XI Congresso Nacional dos Engenheiros (Conse), promovido pela FNE. Reunindo representantes das 18 entidades filiadas, de Norte a Sul do Brasil, evento coloca em pauta os desafios da ação sindical e perspectivas para o País.
A Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), que representa aproximadamente 500 mil profissionais, realiza nos dias 22, 23 e 24 setembro próximo o XI Congresso Nacional da categoria (Conse). De forma totalmente virtual, devido à pandemia ainda fora de controle, o evento reunirá representantes dos 18 sindicatos filiados para debater os desafios e os rumos da entidade para o período 2022-2025.
Atividade mais importante do calendário da nossa federação, realizada a cada três anos, esta edição do Conse reveste-se de ainda maior relevância, tendo em vista as enormes dificuldades enfrentadas no País, em especial pela engenharia e pelos trabalhadores.
A reforma imposta sem grandes discussões em 2017 por meio da Lei 13.467 teve como efeitos principais a redução de direitos dos trabalhadores e a imposição de dificuldades às suas entidades representativas. Nesse período, ampliou-se também o desemprego, que hoje atinge mais de 14 milhões de pessoas. Assim, desenhou-se um cenário propício ao aumento da exploração e da precarização, o qual os sindicatos vêm combatendo como podem, com os meios de que dispõem. Esse quadro pode ainda piorar caso o texto da Medida Provisória 1.045 aprovado na Câmara não seja corrigido no Senado.
Como fazer frente a essa situação complexa, de desorganização e insegurança jurídica no mundo trabalho, está, portanto, entre os temas fundamentais a serem tratados no congresso da FNE.
No campo do desenvolvimento e da soberania nacionais, entram em debate dois setores essenciais, totalmente inter-relacionados no caso brasileiro: água e energia. O País vive hoje uma crise hídrica sem precedentes, acompanhada de extremas dificuldades no setor elétrico, que serão certamente agravadas quando se fizerem sentir os efeitos da privatização da Eletrobras e dos jabutis aprovados no pacote da medida provisória que passa o controle da empresa ao setor privado. Entre a perda dessa ferramenta estratégica e o incentivo dado a fontes mais caras e poluentes, o Brasil pode se ver em maus lençóis nessa questão.
Completando a discussão com olhos no futuro, têm destaque na programação o 5G, os avanços tecnológicos que estão transformando a vida em sociedade e como o País se encaixa nessa dinâmica.
Com temas de interesse da engenharia e seus profissionais, mas também da sociedade como um todo, o XI Conse será aberto ao público com transmissão pelo canal da FNE no YouTube. Fica o nosso convite para acompanhar esse debate!
Eng. Murilo Pinheiro – Presidente