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06/09/2022

Atuar em pautas que estão paradas, objetiva Ricardo Mellão

Jéssica Silva/Comunicação SEESP

 

Na manhã desta segunda-feira (5/9), o SEESP recebeu no ciclo de debates “A engenharia, o Estado e o País” o candidato ao Senado Ricardo Mellão (Novo). A atividade na sede do sindicato, na capital paulista, também foi transmitida online pelo Facebook e Youtube.

 

O já tradicional ciclo de debates do SEESP se pauta por critérios democráticos, incluindo todos os partidos, independentemente de representação no Congresso. Os eventos serão programados até setembro, em acordo com a agenda dos (as) candidatos (as) que aceitarem o convite.

 

RicardoMellao CicloDeDebates 050922O candidato ao Senado Ricardo Mellão (Novo) no ciclo de debates do SEESP, que aconteceu na sede do sindicato com transmissão online. Fotos: Rita Casaro. Mellão é advogado, com especialização em Direito Administrativo e Gestão Pública, e deputado estadual em São Paulo. Filho do ex-ministro e ex-deputado João Mellão Neto, o candidato contou aos presentes como desde pequeno acompanhou a política com a atuação do pai.

 

Ele colocou em pauta o sentimento de “descontentamento geral” das pessoas com a política e, nesse sentido, criticou os partidos. “Quantos cumprem os seus estatutos?”, questionou. Em sua avaliação, o Fundo Eleitoral, que este ano chegou ao valor total de R$ 4,9 bilhões, é um exemplo de mau uso do dinheiro público.

 

“A gente não entende como aquela legenda sobrevive, por que o fulano de tal se candidata todo ano sem nenhuma chance, porque aquilo é um grande negócio, porque ele tem uma estrutura com dinheiro, em campanha pode fazer alianças, acordos. Para os grandes que elegem bancadas é mais dinheiro. Quanto maior a bancada de deputados federais tiver, mais dinheiro vai ter no futuro para administrar. Então começa a virar o jogo do fundão. Meu partido é o único que não usa e devolve direto para a União”, afirmou.

 

Na visão do candidato o País passa hoje por uma crise institucional dos Poderes. Ele criticou, inclusive, a falta de atuação do Legislativo, deixando para o Judiciário decidir sobre a aplicação das leis. “E a gente tem, infelizmente, um Supremo Tribunal Federal que muda de posicionamento, gerando insegurança jurídica. O cidadão fica inseguro”, apontou.

 

Nesse sentido, citou a prisão em segunda instância, à margem de interpretação do STF que, segundo ele, “permite injustiça e impunidade”, e afirmou que essa pauta será abraçada pelo candidato se eleito.

 

Segundo contou, Mellão pretende “desengavetar” pautas que estão paradas no Senado como as reformas tributária e administrativa. “São coisas que temos que levar adiante e eu não vejo senador com esse ímpeto”, frisou.

 

Engenharia

O candidato demonstrou interesse em saber a visão dos engenheiros sobre obras paradas no País, que geram vultosos prejuízos. “O material deteriora, você vai pagar muito mais depois, gera um prejuízo social, vira ponto de criminalidade, desvaloriza a região [...] quanto investimento isso poderia gerar em uma área que está precisando”, externou.

 

RicardoMellao2 CicloDeDebates 050922“Nós acreditamos que a obra mais cara que existe é a obra parada [...] temos no Brasil quase 40 mil obras paradas”, concordou Murilo Pinheiro, presidente do SEESP. Murilo relembrou o projeto de carreira de Estado para engenheiros, que aguarda votação no Senado.  

 

“É o ponto que resolve esse soluço na continuidade de obras [...] Se instituída essa carreira de Estado, a gente teria planos de Estado e não do governo de plantão”, reforçou o diretor do SEESP Edilson Reis, durante o debate.

 

O  Cresce Brasil +Engenharia +Desenvolvimento também foi apresentado ao candidato, pelo diretor do sindicato e coordenador do projeto, Fernando Palmezan Neto. Ele atestou: “Esse projeto trata de praticamente todas as áreas de engenharia, desenvolvido com experts de cada uma das áreas, e montamos para entregar aos candidatos para que eles, entendendo que isso é bom, possam colocar como propostas”.

 

Privatizações

Questionado sobre a forma de privatizações que seu partido defende, Mellão afirmou não ver sentido em o Estado explorar atividades econômicas, mas considera a complexidade de entregar à iniciativa privada áreas como educação e segurança.

 

“Quando a gente fala privatizar pode ser via uma Organização Social conduzindo. Não está vendendo o serviço, você tem um privado garantindo aquele serviço, mas continua público. Pode ser uma Parceria Público-Privado”, disse.

 

 

Confira o ciclo de debates com a participação de Ricardo Mellão na íntegra:      

 

 

 

 

 

 

 

  

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