Jéssica Silva/Comunicação SEESP
Na manhã desta sexta-feira (23/9), o SEESP abriu mais um dia de atividades do ciclo de debates “A engenharia, o Estado e o País” com a participação do candidato a governador Edson Dorta (PCO). A atividade na sede do sindicato, na capital paulista, conduzida pelo vice-presidente da entidade Fernando Palmezan Neto, foi também transmitida ao vivo pelo Facebook e Youtube.
Dorta é carteiro e atua nos Correios desde 1994. Formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas, foi diretor do Sindicato dos Correios do mesmo município e secretário geral da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect).
“É uma honra estar aqui num meio onde a gente se sente até melhor. Nós estamos em casa”, disse o candidato, e parabenizou o SEESP pela iniciativa democrática de convidar todos os partidos ao debate.
O candidato falou sobre as dificuldades que o partido tem enfrentado nessas eleições, como o bloqueio das redes sociais por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. E ainda, segundo Dorta contou, a restrição arbitrária ao fundo eleitoral do PCO. “Conseguimos liberar há 10 dias”, comentou.
Em sua análise, a atual conjuntura do País é resultado de um golpe de Estado, iniciado em 2016 com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, que “estabeleceu uma pobreza gigantesca”. “Reforma da Previdência, Trabalhista e todas essas medidas tomadas pelos golpistas fizeram com que nós, da classe operária, perdêssemos em torno de 50% do nosso poder aquisitivo”, externou.
Dorta comentou sobre a perda de direitos dos trabalhadores, exemplificando com a greve dos Correios de 2020: “O TST [Tribunal Superior do Trabalho] acabou com 50 cláusulas do nosso acordo coletivo. E para manter essa situação tem que ameaçar o movimento sindical, se ele não aceitar essa decisão vão dar uma multa diária de 500 mil reais por dia. É esse tipo de legislação que está se aplicando no País para calar a boca de todo mundo”.
Questionado sobre a participação da mulher nos governos, Dorta afirmou que dentro do seu programa de governo socialista é parte da luta a emancipação feminina. “Nós somos um partido revolucionário que luta pelo trabalhador no poder, e não dá para fazer isso sem as mulheres”.
Nesse sentido, criticou o sistema econômico capitalista e defendeu a organização da classe trabalhadora, “está na ordem do dia”. “A conscientização, através da educação, é que vai resolver os problemas”, disse Adonize Ribeiro, suplente do candidato a senador Antonio Carlos (PCO), também presente no debate. “A eleição é uma etapa, a política é constante”, concordou Dorta.
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