Comunicação SEESP
Candidato a governador de São Paulo pelo PCB, Gabriel Colombo participou virtualmente do ciclo de debates “A engenharia, o Estado e o País” nesta sexta-feira (23/9). A atividade, como de praxe, foi transmitida ao vivo pelo canal do sindicato no Youtube e página no Facebook.
A iniciativa já tradicional da entidade se pauta por critérios democráticos, incluindo todos os partidos, independentemente de representação no Congresso. Até o momento, como destacou Fernando Palmezan, diretor do SEESP, cerca de 50 candidatos participaram, apresentando e debatendo suas propostas com os engenheiros do Estado de São Paulo.
Gabriel Colombo, 32 anos, é engenheiro agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) e mestre em Ecologia Aplicada, tendo sido diretor de Ciência e Tecnologia da Associação Nacional de Pós-graduandos e pós-graduandas. “Sou o mais jovem candidato a governador de São Paulo”, enfatizou ao se apresentar, lembrando que integra as fileiras de um partido centenário.
Ele abordou o papel da engenharia em meio ao desafio de reverter legado de “28 anos de política neoliberal em São Paulo, com o desmonte da capacidade do Estado de planejar e investir no desenvolvimento econômico”.
A esse enfrentamento, considera necessário rever privatizações em diversos setores e recriar empresas públicas como a extinta Ferrovia Paulista S/A (Fepasa), para reverter a lógica rodoviarista e ampliar o transporte sobre trilhos, e o Banco do Estado de São Paulo (Banespa), de modo a permitir capacidade de investimento. Colombo defendeu ainda uma Sabesp 100% estatal e cessar o desmonte da Petrobras, revendo a política de preço de paridade de importação (PPI).
Na sua visão, garantir planejamento centralizado com empresas estatais em conjunção com instituições de pesquisa e universidades públicas assegurará muitos empregos – e de qualidade, inclusive para engenheiros. “Nessas eleições, nosso único compromisso é com a classe trabalhadora, no enfrentamento desse legado neoliberal”, apontou, defendendo a retomada da industrialização. Todo esse processo, propugna, deve ser dar com participação dos trabalhadores, via conselhos populares.
Colombo observou a conjuntura a se fazer frente com garantia de serviços públicos e investimentos fundamentais em inovação, ciência, tecnologia e pesquisa: resolver o quadro de 33 milhões passando fome no Brasil, 116 milhões em insegurança alimentar, 39,1 milhões de pessoas na informalidade em meio a desemprego elevado, 35 milhões sem acesso a água potável, 100 milhões sem coleta de esgoto, 15,6 milhões inadimplentes e quase metade dos municípios brasileiros sem acesso a banda larga. “Para atender as demandas mais básicas da população, os engenheiros são fundamentais”, frisou.
O candidato do PCB defendeu ainda reformas agrária e tributária, com taxação de grandes fortunas, lucros e dividendos e fim do papel recessivo do Imposto de Renda.
Atualmente, observa, “as políticas agrícolas são muito permissivas ao agronegócio, extremamente liberais e focadas na produção de commodities”. Para Colombo, isso “privilegia o interesse de poucas pessoas”, nos segmentos de grandes proprietários de terra e capital financeiro. Contra isso, propõe planejamento do uso do solo pelo Estado e investimento na produção de ciência e tecnologia.
Confira a participação de Gabriel Colombo no ciclo de debates na íntegra: