Fundacentro*
Para refletir sobre o papel da mulher no mundo do trabalho, a Fundacentro promoverá a roda de conversa “Mulheres na Ciência”, no dia 20 de março, às 10h30, no auditório da instituição em São Paulo.
Haverá a presença de Mirlene Simões, coordenadora do Instituto Angelin e autora do livro “Mulheres na Ciência em São Carlos: reflexões, trajetórias e histórias”, e Juliana Oliveira, pesquisadora da Fundacentro e organizadora do livro “Condições do Trabalho das Mulheres”.
O bate-papo será mediado por Karina Nunes Figueiredo, diretora de Administração e Finanças da Fundacentro. Outras participações serão confirmadas até a data do evento.
8 de março
O Dia Internacional da Mulher (8 de março), é uma data em que celebra e, ao mesmo tempo, simboliza a luta histórica das mulheres para alcançarem suas condições equiparadas às dos homens. Inicialmente essa data remetia-se à reivindicação por igualdade salarial, ao longo dos anos também foram inseridas a luta contra o machismo e a violência.
No mundo do trabalho, as mulheres sofrem doenças como LER/Dort (Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao trabalho), depressão, ansiedade e outros transtornos mentais. Também são vítimas de assédio sexual e moral. No caso de trabalhadoras de enfermagem e da limpeza, por exemplo, os riscos, como exposição a agentes patogênicos, produtos químicos e materiais biológicos, fazem parte da realidade.
As mulheres foram as mais afetadas por doenças ocupacionais durante o período da pandemia. Segundo os dados da Previdência Social, em 2021, 59,98% das doenças ocupacionais atingiram mulheres; em 2020, a taxa foi de 65,67%. Entre 2011 e 2019, a porcentagem das mulheres no total de doenças ocupacionais variou de 38,52% a 43,35%, respectivamente.
Os dados ainda apontam que, em 2021, as mulheres entre as idades de 30 e 54 anos tiveram um aumento significativo nas distribuições dos acidentes de trabalho. De 30 a 34 anos, a porcentagem de acidentes para os homens correspondia a 66,80%; mulheres 33,20%. De 35 a 39, 65,12% homens; mulheres 34,88%. Já a partir de 40 a 44 anos, é perceptivo o aumento de acidentes entre as mulheres: 35,86%; homens 64,14%. De 45 a 49 anos, as mulheres 36,12%; homens 63,88%. Já as idades entre 50 e 54, as mulheres registraram 36,09%, e os homens, 63,91%.
Sobre estudos e crescimento profissional, em 2023, elas representaram 61,3% (2,4 milhões) do total das inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A tendência é de que a mulher se capacita muito mais, atingindo em média um nível de instrução superior aos homens.
Entre os homens com 25 anos ou mais de idade, 15,1% têm ensino superior completo. Em contrapartida, 19,4% das mulheres com a mesma idade ou mais no Brasil completam o ensino superior.
*Texto original publicado no portal da entidade em 8/3/2024.