Agência Sindical
O Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), referente a janeiro, traz boas notícias, especialmente aos assalariados. Elas foram anunciadas dia 15 de março pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Os dados mostram que o saldo de empregos em janeiro de 2024 foi de 180.395 postos de trabalho, ficando positivo em 25 das 27 unidades de Federação. Houve avanço em quatro dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas.
O maior crescimento do emprego formal se deu no setor de Serviços – mais 80.587 postos. O segundo maior gerador foi a Indústria, com novos 67.029 empregos formais. Depois, Construção Civil, saldo de 49.091, e Agropecuária, 21.900 postos de trabalho (+1,2%).
Os maiores saldos foram verificados no Estado de São Paulo, com 38.499 postos (+0,3%); Santa Catarina, 26.210 (+1,1%), principalmente na indústria (+14.257); e Rio Grande do Sul, com novas 20.810 vagas (+0,8%), sobretudo na agropecuária (10.700) e indústria (6.834).
Salários – O salário médio real de admissão foi de R$ 2.118,33 – mais R$ 69,24 comparado a dezembro de 2023, quando estava em R$ 2.049,09.
Confiança – “O que explica essa fase positiva é a confiança. Empresário só investe se sentir um ambiente favorável, que sinalize êxito nos negócios”, comenta Pedro Afonso Gomes, presidente do Conselho Regional de Economia do Estado de São Paulo (Corecon-SP).
Esse ambiente favorável depende de vários fatores, mas especialmente do acerto nas políticas governamentais. Ou seja, quando a mão visível do governo se faz sentir no aumento do salário mínimo, ampliação de programas sociais, suporte à indústria e mesmo na queda da taxa Selic.
O aumento da massa salarial (de 11,7% no ano passado, informa o Ipea), avalia o presidente do Corecon-SP, tem relação direta com os ganhos dos trabalhadores que chegam ao mercado, passam a ter renda mais estável e ampliam seu poder de consumo.
Pedro Afonso vê possibilidades para mais avanços na economia como, por exemplo, via financiamentos pelo BNDEs.