A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), do Senado, discutiu nesta quinta-feira (19/04) os atrasos na implementação do programa ferroviário brasileiro e o modelo adotado para grandes hidrelétricas em construção no País. Os integrantes da CI querem tratar dos temas diretamente com os ministros dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e das Minas e Energia, Edison Lobão, não descartando a possibilidade de realização de audiências públicas com especialistas.
Para o senador Delcídio Amaral (PT/MS), os investimentos para ampliação da malha ferroviária estão em “ritmo muito lento”, havendo inclusive risco de paralisação de alguns projetos. “O modal ferroviário é fundamental para garantir a competitividade dos nossos produtos, barateando o frete, num país de dimensões continentais”, destacou.
O parlamentar, em relação à matriz energética, propôs que a comissão discuta o modelo das usinas que estão sendo construídas no país, conhecido como “fio d'água”, que geram energia com o fluxo de água do rio, sem a necessidade da formação de lagos para acumular água.
“Daqui para frente, só serão construídas usinas a ‘fio d’água’? Não vamos mais fazer usina com bacia de acumulação? Então vamos precisar de geração termoelétrica, pois não haverá mais acumulação”, disse, alertando para o risco de queda na produção de energia devido à variação do volume de águas dos rios ao longo do ano.
O senador Blairo Maggi (PR/MT) também considera um risco a construção de usinas sem grandes reservatórios e defendeu a complementação com energia térmica a partir de biomassa.
“Temos grandes áreas que estão degradadas, que não são utilizadas pela agricultura e que poderiam ser usadas para reflorestamento, para produção de eucalipto ou outro tipo de material para gerar energia”, destacou Maggi.
Imprensa – SEESP
* Com informações da Agência Senado
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