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25/07/2012

Estudo usa melaço de cana e soro do leite para criar biopolímero

Um projeto liderado pelo engenheiro de alimentos Jonas Contiero, professor da Unesp de Rio Claro, usa ácido lático obtido a partir do soro do leite ou do melaço da cana-de-açúcar para fazer um polímero biodegradável – o polilactato. O projeto é uma parceria entre a Unesp e a Braskem (multinacional brasileira, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas), e tem financiamento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

Polímeros são uma espécie de plástico, em geral, derivados do petróleo. Assim como o PHB (polihidroxibutirato), o polilactato é considerado o polímero do futuro, por não ter origem fóssil e ser biodegradável. Ele é especialmente indicado para aplicações médicas, como em placas e pinos para fixação óssea, próteses e até mesmo nos ‘stents’, como são chamados os alargadores de artéria. Isso porque devido a sua composição de ácido lático, o polímero é facilmente absorvido pelo organismo, o que evitaria a necessidade de retirada do objeto após o cumprimento de sua função.

Já há indústrias que utilizam a fermentação para obter o ácido lático – a partir do amido de milho, nos EUA, e do açúcar de beterraba, na Bélgica. “O principal problema nesses casos é o alto custo de produção”, explica Contiero.

O uso do soro do leite e do melaço da cana (rejeitos da indústria leiteira e sucroalcooleira, respectivamente) torna a obtenção desse tipo de material muito mais barata. Em derivados do leite, o ácido lático já está presente. Já o resíduo da cana-de-açúcar é fonte de carbono, que é consumido por bactérias específicas que são adicionadas, e, por meio do metabolismo desses microorganismos, o ácido lático é gerado.

Menos resíduos
A pesquisa da Unesp busca aprimorar a extração do ácido lático e tornar a produção do polilactato mais próxima de uma escala industrial. O principal desafio dos pesquisadores é diminuir a geração de resíduo – o gesso, como é chamado o sulfato de cálcio que resulta da obtenção do ácido lático.

“O interesse industrial em aperfeiçoar esse processo é enorme porque disso depende a substituição dos atuais polímeros derivados do petróleo, que é uma fonte não-renovável e de difícil degradação no ambiente”, diz o estudioso.


Imprensa – SEESP
Informação da Unesp



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