Desonerar a folha de pagamentos não significa gerar mais empregos; o objetivo principal é fomentar a competitividade e recuperar as margens de rentabilidade de setores empresariais. A afirmação é do técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), José Aparecido Carlos Ribeiro, em audiência pública realizada nesta terça-feira (04/09), no Senado. A reunião é promovida pela CDH (Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa), presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS).
Segundo Ribeiro, para que a desoneração parcial na folha de pagamentos concedida às empresas pelo governo federal seja compensada, seriam necessários 11 milhões de novos vínculos empregatícios; e para uma desoneração total, seriam necessários 50 milhões de novos empregos. Alcançar esse número levaria anos, em sua avaliação.
Para ele, um dos problemas do estímulo previdenciário às empresas, via desoneração da folha de pagamentos, é que essa espécie de financiamento não aparece como contribuição do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e sim como aumento do déficit da previdência.
Imprensa – SEESP
Com informação da Agência Senado