Para que o país consiga atender à demanda de comércio interno e externo, o setor portuário deve receber, até 2030, investimentos na ordem de R$ 30 a R$ 40 bilhões. Essa é a estimativa do presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo. Para ele, só assim será possível tornar o país mais competitivo.
Durante o Enaex (Encontro Nacional de Comércio Exterior), realizado na última semana, no Rio de Janeiro, Figueiredo afirmou que o tão aguardado pacote do governo federal para portos e aeroportos deve sair nos “próximos dias”.
Os investimentos anunciados em agosto por Dilma Rousseff na malha ferroviária brasileira vão, segundo o presidente da EPL, impulsionar a necessidade de investimentos nos portos. Ele reforçou que a construção de uma rede ferroviária integrando complexos atualmente com pouco destaque de movimentação – como em Vila Conde (PA), Suape (PE) e Ilhéus (BA)- certamente irá modificar e ampliar a demanda nestas regiões.
Ainda de acordo com Figueiredo, o modelo de concessões de aeroportos ainda não foi definido, mas a aviação regional também consta no planejamento do governo.
O vice-presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte) e presidente da Fenavega (Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima, Fluvial, Lacustre e de Tráfego Portuário), Meton Soares, acredita que o que já foi anunciado para as rodovias e ferrovias não é o suficiente. "Pelo menos será importante para darmos os primeiros passos. O que queremos é que esses recursos sejam aplicados de forma rápida. Temos na nossa porta eventos importantíssimos e o Brasil precisa de melhores rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, urgentemente."
Imprensa – SEESP
Informação da Agência CNT de notícias