O governo do estado, por intermédio do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo), erguerá, em Piracicaba, planta para pesquisa. A ideia é aproveitar o bagaço de cana na produção de etanol, por meio do processo de gaseificação de biomassa. A usina deve entrar em atividade em três anos, e processará cana de açúcar capaz de gerar o triplo da energia elétrica produzida em empreendimentos do tipo, e ainda servirá de modelo ao setor sucroalcooleiro.
Os governos federal e estadual vão investir, com o IPT, na construção da planta-piloto, que custará R$ 110 milhões e servirá para testar a eficiência da tecnologia de gaseificação do bagaço da cana. No processo, o bagaço é posto em uma caldeira e queimado por um maçarico gigante. Da queima, é gerado um gás, que move um gerador e produz energia elétrica.
Esse processo já é conhecido, mas não é aplicado em larga escala. A planta do IPT será a primeira a fazer isso com grande volume de bagaço de cana. Se o potencial for comprovado, especialistas estimam que o País ganhará uma nova Itaipu, com o aumento da produtividade das usinas.
Em 2009, o Brasil colheu 650 milhões de toneladas de cana de açúcar. Essa quantidade gerou 210 milhões de toneladas de biomassa. Segundo o IPT, caso essa biomassa fosse gaseificada, geraria R$ 24 bilhões em energia elétrica. "O desafio é baixar o custo pela metade, para viabilizar o processo de gaseificação para o etanol", diz o atual presidente do IPT, Fernando Landgraf.
Imprensa – SEESP
Informação do Cepam-SP