A previsão tem como base uma avaliação da América Latina que constata que o crescimento das economias não será suficiente para absorver a mão de obra até o ano de 2017. Entre os fenômenos que ocorrerão nesses países, segundo a OIT, estão a desaceleração do comércio global e a queda no preço das commodities com impacto imediato no mercado de trabalho. Mas o grande desafio para o Brasil na visão da OIT para a redução da pobreza é a baixa produtividade, bem abaixo da média internacional.
Para o presidente da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho), juiz Renato Henry Sant´Anna, caso a previsão se efetive, a Justiça do Trabalho experimentará um aumento na demanda judicial. É fato que quanto maior o número de desempregados, maior o número de reclamantes, ressalta. O magistrado alerta também para o fato de, em tempos de crise, a classe trabalhadora se vê frente a ofertas de trabalho precárias e que não levam em conta os direitos trabalhistas.
“A atuação da Anamatra contra a flexibilização das leis trabalhistas é histórica. Estando ou não a economia em situação favorável, os direitos trabalhistas não podem ser ceifados em detrimento de uma preocupação eminentemente mercadológica. Não é esse o desenvolvimento que nosso país deve buscar”, defende Sant´Anna.
Imprensa – SEESP
Informação da Assessoria da Anamatra