Unidade multiusuário que reúne equipamentos de última geração destinados a análises nas áreas de genômica, bioinformática, proteômica e biologia celular, o LaCTAD (Laboratório Central de Tecnologias de Alto Desempenho) foi inaugurado em 1º de março pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas. A cerimônia de entrega das instalações físicas do laboratório contou com a presença do reitor Fernando Ferreira Costa e do diretor científico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Carlos Henrique de Brito Cruz.
Durante a inauguração, o pró-reitor de Pesquisa da Unicamp, Ronaldo Pilli, lembrou que antes mesmo da conclusão do prédio do laboratório os equipamentos já estavam em operação, descentralizados nas unidades de ensino e pesquisa. “Agora, vamos reuni-los aqui, onde ficarão à disposição dos pesquisadores da Universidade e de outras instituições do país.” O objetivo do LaCTAD, destacou Pilli, é apoiar as pesquisas em áreas estratégicas das ciências da vida, tendo por princípios a otimização do uso das tecnologias e a racionalização dos custos. “Isso ainda é relativamente novo no Brasil, mas comum na Europa e Estados Unidos.”
O diretor científico da Fapesp, entidade que investiu cerca de R$ 5,5 milhões na compra dos equipamentos para o laboratório – a construção do prédio e a contratação dos funcionários ficaram a cargo da Unicamp -, manifestou a sua satisfação por participar da entrega do LaCTAD. “A Fapesp tem desafiado as instituições de pesquisa a mudar o patamar de utilização dos seus equipamentos. Não faz sentido ter uma máquina em cada unidade ou órgão. É preciso aumentar a eficiência do uso dessas tecnologias. Nesse sentido, o modelo adotado pela Unicamp é exemplar”, afirmou.
Em sua fala, Fernando Costa considerou que todo investimento em laboratório é importante. “Nós não estamos inventando nada com a criação do LaCTAD. Esse modelo existe no mundo todo, nas boas universidades. No Brasil, porém, ele ainda é pouco difundido”, lembrou. Apesar disso, continuou o reitor, a tendência é que esse modelo seja multiplicado pelo país, em razão das vantagens que ele proporciona. “Além de atender às necessidades dos pesquisadores, o laboratório multiusuário reduz custos com insumos, manutenção e pessoal especializado para operá-lo. É assim que se faz ciência de qualidade no mundo todo.”
Ainda segundo o reitor, antes mesmo de ser inaugurado oficialmente, o LaCTAD já começa a trazer consequências positivas para a Unicamp. “A Universidade assinou dois convênios importantes por causa da existência do laboratório. Uma das parcerias foi firmada com a Embrapa e outra, com o Instituto Politécnico de Madrid. Tenho certeza de que esta unidade será muito útil para as pesquisas nas áreas contempladas e dará um importante impulso à ciência do país”, analisou.
Histórico
A proposta de criação do LaCTAD foi submetida ao edital do Programa de Equipamentos Multiusuários da Fapesp em 2009. Em 2010, ela foi aprovada e, no ano seguinte, foi iniciada a oferta de serviços, com as tecnologias instaladas provisoriamente nas unidades de ensino e pesquisa. Os equipamentos têm capacidade para realizar inúmeros procedimentos, tais como análise de sequenciamento de DNA e RNA, montagem de genomas, análise de microscopia confocal e purificação de proteínas, entre outros. O LaCTAD dispõe de um Conselho Científico de Administração formado por especialistas da Unicamp, que respondem pela supervisão geral das atividades do laboratório. São eles que estabelecem diretrizes e metas, por exemplo.
As informações sobre os serviços prestados pelo LaCTAD podem ser obtidas no site do laboratório. Pedidos de orçamento e agendamentos também podem ser feitos via web. Os custos das análises cobrirão somente as despesas correntes, como insumos e manutenção dos equipamentos. O instrumental do laboratório está à disposição de qualquer pesquisador do país, conforme determinam os critérios estabelecidos pela Fapesp. No próximo mês de maio, o laboratório promoverá, também com o apoio da Fapesp, um workshop internacional que trará renomados especialistas de vários países. Eles tratarão de diferentes temas relacionados com as áreas de atuação da unidade.Fonte: www.unicamp.br
Imprensa SEESP