Em reunião no dia 16 de abril, na sede do SEESP, na Capital, teve início a discussão da continuidade do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”. Lançada pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) em 2006 e atualizado três anos depois, a iniciativa conta com a adesão desse e dos demais sindicatos a ela filiados. Propõe uma plataforma nacional de desenvolvimento sustentável com inclusão social. Na fase atual, a ideia é apontar a conjuntura de hoje e buscar soluções para enfrentar os entraves ao crescimento socioeconômico. A tônica foi indicada pelo presidente do SEESP e da FNE, Murilo Celso de Campos Pinheiro, no encontro que inaugurou essa etapa. “Estamos iniciando as discussões. O ‘Cresce Brasil” teve resultado extremamente importante. O próprio ex-ministro Luiz Dulci afirmou que os motivou a montar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Desta vez, estamos reunidos para inaugurar um novo estágio do projeto, levando em conta os entraves ao crescimento.” A proposta é refletir sobre porque o Brasil expandiu-se menos do que “qualquer país na América do Sul” e como transformar essa situação. Pinheiro concluiu: “É mais um grande desafio. A ideia é debatermos o tema em dois grandes eventos, um na região Norte e outro na Sul e fecharmos o documento em maio de 2014, num seminário em São Paulo, para termos em meados do próximo ano um caderno a encaminhar aos candidatos a presidente, governadores nas eleições.” Coordenador técnico do “Cresce Brasil”, Fernando Palmezan complementou: “É mais uma etapa com a visão de ajudar o País a destravar o que está travado.”
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O consultor Carlos Monte, também coordenador da iniciativa, salientou um dos pontos que acredita ser importante para nortear o trabalho: a necessidade da integração sul-americana, sobretudo quando se direciona o olhar para a questão energética. “A maioria dos projetos hídricos identificados, sem grandes impactos ambientais, encontra fontes nos países vizinhos.” Para João Guilherme Vargas Netto, a tarefa é “botar de pé a nova etapa do ‘Cresce Brasil’”, fazendo frente à tentativa dos rentistas de evitarem que se conclua a transição do modelo de financeirização da riqueza para outro, baseado no desenvolvimento produtivo. Para nortear as discussões, estiveram presentes os consultores Marcos Dantas, Darc Antonio da Luz Costa, Marco Aurélio Cabral Pinto, Antonio Correa de Lacerda, Marcio Pochmann, Paulo Estevão Cruvinel, além de Bernardo Figueiredo, presidente da EPL (Empresa de Planejamento e Logística). Este último traçou panorama do transporte e logística no País e indicou a necessidade de ampliar os investimentos, com a participação da iniciativa privada. No geral, mais do que discussões setoriais, dominaram as preleções análises de conjuntura, a urgência do planejamento e possíveis saídas. Para Vargas Netto, os eixos centrais do novo “Cresce Brasil” devem ser democracia; salários, emprego e distribuição de renda; qualificação; e projetos e engenharia. No encontro, além do SEESP e de dirigentes da FNE, estiveram representantes dos Senges Acre, Alagoas, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Piauí, Mato Grosso e Santa Catarina.
Soraya Misleh
Imprensa – SEESP