A OIT (Organização Internacional do Trabalho) pediu uma “urgente e vigorosa” campanha global para combater o crescente número de doenças relacionadas ao trabalho, que causam cerca de 2 milhões de mortes por ano.
* Veja aqui o estudo da OIT completo sobre o tema
“O custo final das doenças é a vida humana. Elas empobrecem os trabalhadores e suas famílias e comunidades inteiras podem ser afetadas quando perdem seus trabalhadores mais produtivos”, disse o diretor-geral da OIT, Guy Ryder. E acrescenta: “Ao mesmo tempo, reduz-se a produtividade das empresas e aumenta a carga financeira do Estado à medida que aumentam os custos de cuidados médicos. Nos casos em que a proteção social é fraca ou inexistente, muitos trabalhadores, bem como suas famílias, precisam de cuidado e de apoio.”
Segundo a entidade, 2,02 milhões de pessoas morrem a cada ano devido a enfermidades relacionadas com o trabalho. 321 mil morrem a cada ano como consequência de acidentes no trabalho, outras 160 milhões sofrem de doenças não letais relacionadas com o trabalho e 317 milhões de acidentes laborais não mortais ocorrem anualmente. A organização calcula que a cada 15 segundos um trabalhador morra por acidentes ou doenças relacionadas com o trabalho. Neste mesmo tempo, 115 trabalhadores sofrem um acidente laboral.
Os países em desenvolvimento pagam um preço especialmente alto em mortes e lesões, pois um grande número de pessoas está empregada em atividades perigosas como a agricultura, a construção civil, a pesca e a mineração.
Ryder disse que a prevenção é a chave para enfrentar o peso das doenças ocupacionais e é mais eficaz e menos dispendiosa do que o tratamento e a reabilitação. Ele disse que a OIT lança um apelo para um “paradigma de prevenção que compreenda uma ação exaustiva e coerente dirigida às enfermidades profissionais, não só os acidentes de trabalho”.
Ele acrescentou que “um passo fundamental é reconhecer a estrutura fornecida pelas normas internacionais do trabalho da OIT para uma ação preventiva eficaz e promover a sua ratificação e implementação”.
Fontes: ONU e OIT