Na terceira rodada de negociações com a Emae, ocorrida nesta terça-feira (02/07), a empresa apresentou sua terceira contraproposta com vistas à assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2013. Em relação à anterior melhorou o índice de reajuste dos benefícios auxílio-refeição, auxílio-alimentação e auxílios creche/babá/pessoa física especial, que passou dos 5,11% inicialmente proposto para 9%, entretanto mantiveram o reajuste salarial em somente 5,11%, apresentado e mantido desde a primeira rodada de negociação. Por isso, o sindicato e o STIEESP rejeitaram essa contraproposta.
Apesar do alto nível e respeito mútuo que têm caracterizado as reuniões de negociação até o momento, a contraproposta da Emae não se concatena com o cenário das demais empresas, especialmente o das estatais paulistas. Nestas, a negociação tem atingido reajustes salariais correspondentes a reposição inflacionária mais 2,5% de aumento real. Assim, nas campanhas com data-base em primeiro de maio foram obtidos reajustes salariais da ordem de 8%.
Empenho e esforço
Neste sentido, o SEESP considerou esta terceira contraproposta intempestiva, pois não considera os referenciais à sua volta – que os trabalhadores da Emae têm executado suas tarefas com empenho e esforços intensos e de qualidade e não podem, em consequência, ser tratados de forma inferior aos demais trabalhadores das empresas estatais paulistas!
O sindicato também solicitou aos representantes da empresa o cumprimento do piso salarial profissional para os engenheiros e neste ínterim recebeu o apoio incondicional do STIEESP ao pleito de nossa categoria.
O SEESP apresentou sua preocupação, em apoio às iniciativas do STIEESP, quanto à possibilidade de agravamento das condições de acidentes de trabalho devido ao número reduzido de quadro de profissionais. Ratificou, assim, a posição do sindicato já externada nas reuniões anteriores de que não há reposição de profissionais que se desligam da Emae, principalmente por aposentadoria; que os trabalhos realizados por profissionais terceirizados não têm a mesma qualidade do que os trabalhos executados pelo quadro próprio que, aliás, treina os profissionais das terceirizadas e corrige os serviços por eles executados e que estes, em pouco tempo, se desligam da gerenciadora de mão de obra para buscarem melhores condições de ascensão profissional no mercado.
Taxa de gerenciamento
Por isso, o sindicato considera que a taxa de gerenciamento de pessoal deve ser nula (0% de demissões) enquanto não estiverem definidos o quadro mínimo de pessoal e o plano de carreira.
Os representantes dos engenheiros também manifestaram apoio às iniciativas do STIEESP, como a distribuição uniforme da verba de 2% do Planejamento de Pessoal e um melhor e justo tratamento aos operadores de guinchos e guindastes.
Ao final, o SEESP acrescentou que na hipótese de manutenção do reajuste salarial de 5,11% na próxima contraproposta da Emae não será necessária a convocação da quarta rodada de negociação, pois, nestas condições, não há perspectiva de avanço no processo de negociação.
Imprensa - SEESP