Desflorestamento, exploração desenfreada de recursos naturais, aquecimento global, destruição de espécies e de ecossistemas. A situação da biodiversidade continua preocupante por todo o mundo, mas boas notícias começam a aparecer, como a adoção de políticas eficientes de conservação movidas pelos trabalhos de pesquisadores.
Por outro lado, o desconhecimento a respeito da própria biodiversidade, especialmente com relação às espécies do planeta – quantas ou quais são exatamente, por exemplo – ainda é enorme. E um recurso fundamental para que o homem conheça e preserve melhor a biodiversidade é a pesquisa científica, particularmente aquela feita por grupos internacionais com o compartilhamento do conhecimento. O cenário foi descrito por Georgina Mace, professora de Biodiversidade e Ecossistemas na University College London. “Análises de padrões taxonômicos feitas para todos os reinos possibilitou estimar o número de espécies no planeta em 8,7 milhões, dos quais 2,2 milhões são marinhas. Mas o número pode ser muito maior. Estima-se que 86% das espécies terrestres e 91% das marinhas ainda não tenham sido descritas.”
A pesquisadora ressaltou pontos negativos em relação à biodiversidade no planeta. “A situação dos índices de biodiversidade baseados em indicadores de tendências de populações de espécies, extensão e condição de habitats e composições de comunidade tem caído significativamente. Ao mesmo tempo, tem aumentado a pressão sobre a biodiversidade baseada em fatores como pegada ecológica, deposição de nitrogênio, número de espécies invasoras, superexploração de ecossistemas e impactos climáticos”, disse.
“A boa notícia é que temos visto nos últimos anos melhoria em alguns indicadores, como os de extensão de área protegida e de cobertura de biodiversidade, de políticas sobre a questão das espécies invasoras, do gerenciamento sustentável de florestas e do financiamento a projetos de conservação”, diz Mace.
Fonte: Agência Fapesp – Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo