Fundado em 28 de outubro de 1968, na praça IV Centenário, o prédio que abriga a Câmara Municipal de Santo André completa no mês de outubro 45 anos. Para celebrar a data, ocorre a exposição “45 Anos de História e Participação Popular”, até 1º de novembro, no Espaço Permanente de Fotografia João Colocatti, na Biblioteca Nair Lacerda. O curador da exposição é o fotógrafo Rivaldo Gomes.
A mostra, parceria entre a Câmara Municipal e a Secretaria de Cultura, Esportes, Lazer e Turismo de Santo André, reúne 85 fotos que reproduzem importantes momentos do Legislativo – após sua mudança para o Centro Cívico da Cidade. Até então, a sede da Câmara funcionou em lugares distintos, como na cidade de São Bernardo do Campo; na rua Coronel Alfredo Fláquer e na rua Coronel Oliveira Lima, ambas em Santo André.
Entre os momentos célebres registrados na exposição estão: a vistoria dos vereadores nas obras do Paço Municipal, em 1966; escolha dos gabinetes no projeto da nova Câmara, em 1968; inauguração do Ginásio Pedro Dell’Antonia, em 1964; assinatura do contrato da construção do Estádio Bruno José Daniel, em 1967; sessão de posse do prefeito Newton da Costa Brandão; viagem para a compra de usina de lixo, na prefeitura de Roma, em 1974; jogo de futebol entre os times das Câmaras de Santo André e de Cotia, na década de 1980; entre outras.
Ao longo dos anos, importantes nomes estiveram na Casa de Leis e deixaram seu legado que, mais tarde, tornaram-se referência. Desde 1948, a Câmara passou por 16 Legislaturas. Hoje, o prédio abriga 21 vereadores, com representantes de 11 siglas partidárias, além de 400 funcionários, aproximadamente. Nestes 45 anos, cerca de 2 mil pessoas trabalharam na Câmara, entre funcionários e vereadores.
Curiosas imagens relembram o tempo em que o Paço Municipal começou a ser projetado em chão de terra batida. O Centro Cívico nasceu a partir das ideias do saudoso Rino Levi, um dos maiores nomes do modernismo brasileiro, sendo este seu último projeto. O conjunto de edifícios é considerado uma das maiores obras arquitetônicas do ABCD, além disso, o paisagismo e mosaico do piso externo são obras do renomado artista plástico, Roberto Burle Marx. A área, antigamente, formava a Chácara Bastos, comprada pela família de mesmo sobrenome em 1890. Em 1922, o local foi loteado.
O Paço Municipal de Santo André foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico do Estado de São Paulo (Condephaat). O processo levou 15 anos, aproximadamente, para ser analisado por equipe técnica. Com o tombamento, qualquer modificação na fachada e nos elementos internos tem de passar pela aprovação da instituição. O Paço Municipal, que já era reconhecido pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Paisagístico de Santo André (Comdephaapasa) como patrimônio histórico, passa a ser o segundo monumento tombado, já que a Vila de Paranapiacaba foi o primeiro, em 1987.
A entrada é franca e a exposição pode ser vista de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados das 8h às 13h
Fonte: Câmara Municipal de Santo André