A previsão foi feita por Guilherme Quintella, da Chairman da UIC International Union of Railways, durante a cerimônia de abertura da NT Expo – Feira, que acontece até 7 de novembro, no Expo Center Norte, em São Paulo. Segundo ele, nos próximos 15 anos o mundo investira US$ 1 bilhão por dia em transporte sobre trilhos. "É um desafio enorme que no Brasil ainda é incipiente e temos um vasto território a ser explorado. Temos que trazer essa cultura ferroviária para o país e aqui é o grande momento de você encontrar o que é melhor, mais moderno e mais adequado para as demandas atuais.”
E a 16ª edição, a feira traz uma novidade: 120 rodadas de negócios com as concessionárias de carga e passageiros, por meio das empresas associadas da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), no caso de cargas, e da ANPTrilhos, para passageiros. "Isso vai permitir que a indústria mostre as inovações tecnológicas, fomente o encontro entre os empresários do setor dentro de um âmbito de negócios”, explica Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer).
Para João Gouveia, diretor de Operações da concessionária Supervia, o contexto atual não poderia ser mais propício, tendo em vista que há três anos os governantes começaram a olhar com mais atenção o segmento trilhos. "Isso faz todo o sentido, porque o modelo de mobilidade atual está esgotado, não funciona mais”. Por isso, ele considera que o NT Expo 2013 se transformou na voz dos trilhos, uma voz uníssona que fornece a oportunidade imperdível para os ferroviários externarem suas opiniões.
Os 10 mil visitantes previstos poderão conferir o que a indústria ferroviária nacional tem a oferecer entre os mais de 200 expositores, entre carros de passageiros, vagões de cargas, locomotivas, materiais de via permanente entre outros tanto pela indústria nacional como pelos estrangeiros.
"O grande resultado dessa feira será colocar a indústria nacional e estrangeira em contato com os clientes, as operadoras e a cadeira produtiva brasileira, aponta Luiz Ferrari, vice-presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre). Para ele, a troca de informações homogeneizadas proporcionará o entendimento das necessidades do setor metroferroviário brasileiro, fornecendo subsídios para que a cadeia produtiva possa planejar seus próprios investimentos internos e, assim, tornarem-se mais competitivos.
Fonte: Assessoria da NT Expo - 16ª feira Negócios nos Trilhos (NT 2013)