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23/04/2014

Metalúrgicos de SJC denunciam desnacionalização da Embraer

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos planeja lançar uma campanha contra o que eles acreditam ser um processo de desnacionalização do setor aeronáutico, liderado pela Embraer. A direção da entidade avalia que estão em jogo a sobrevivência de pequenas e médias empresas da cadeia aeronáutica da região, fornecedoras da Embraer, e o fechamento de centenas de postos de trabalho. A Embraer preferiu não comentar o assunto alegando desconhecimento.

Segundo avaliação do sindicato, a cadeia de fornecedores da Embraer gera cerca de 2,500 postos de trabalho. A entidade informa que 53% da mão de obra do setor aeronáutico do país está concentrada na região.

Para o vice-presidente do sindicato, Herbert Claros da Silva, a principal fabricante de aviões do Brasil, e terceira do mundo, pretende produzir ou comprar no exterior componentes para a nova família de jatos comerciais que a companhia irá lançar a partir de 2018, ao invés de produzir ou encomendar de fornecedoras brasileiras.

A empresa também tencionaria comprar no exterior a maior parte dos componentes e equipamentos do cargueiro militar KC-390, em fase de desenvolvimento.

O projeto é desenvolvido para atender a Força Aérea Brasileira e tem custo estimado em aproximadamente US$ 2 bilhões. “Como os CKDs de carros, os aviões vão apenas ser montados no Brasil”, disse.

O dirigente sindical relatou como exemplo que a fuselagem central das aeronaves comerciais, produzidas em uma fábrica em Jacareí, passará a ser fabricada nos Estados Unidos.

Mobilização
O dirigente frisou que o sindicato já alertou o governo federal, tratou do tema com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), procurou o governo municipal e a própria Embraer.

O sindicato planeja procurar o Ministério da Defesa para tratar do projeto do KC-390 e a Câmara de São José para propor a realização de uma audiência pública.

“Se não for verdade o que estamos falando, que a Embraer venha a público desmentir o sindicato, mas empresa prefere o silêncio”, afirmou.
A Embraer emprega pelo menos 18 mil pessoas considerando todas as suas unidades nacionais e internacionais.

Imprensa SEESP
Com informações de O Vale





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