Mais uma vez termina sem acordo a audiência de conciliação entre metroviários, engenheiros e o Metrô sobre a campanha salarial de 2014, ocorrida no final da tarde desta sexta-feira (6/6). Realizado a pedido dos trabalhadores, esse foi o quinto encontro entre as partes, sendo dessa vez mediado pelo desembargador Rafael Pugliese, presidente da Seção de Dissídios Coletivos (SDC) e também relator do caso. Com a falta de desfecho para o caso, está previsto o julgamento dos dissídios para este domingo (8), às 10h.
Os metroviários sugeriram um reajuste de 12,2%, com possibilidade de aceitação de contraproposta do Metrô de dois dígitos, mas a empresa manteve os 8,7%, já oferecidos nessa quinta. O relator sugeriu, de início, um índice de 9,5% - o mesmo proposto pelo Núcleo de Conciliação de Coletivos (órgão do TRT-2 que iniciou as mediações do caso) -, reduzindo-o ao final para 9%, com vistas a um consenso entre as partes e ao fim da greve, iniciada no dia 5 último.
Na audiência, o presidente do Metrô reafirmou que a companhia não tem capacidade financeira para arcar com um percentual maior de reajuste salarial, pois as passagens não são corrigidas há dois anos. Os trabalhadores, por sua vez, alegam que o governo subsidia parte das tarifas das linhas privadas do Metrô, e pedem a extensão dessa prática para todas as demais linhas. A sugestão de desconto de um dia de salário dos funcionários em troca de catraca-livre foi mais uma vez rechaçada pela companhia.
Imprensa SEESP
Com informação do TRT-2ªRegião
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