Com a efervescência das campanhas eleitorais, quase desviamos a atenção da vida corrente dos sindicatos, que segue seu caminho.
Um dos exemplos que menciono é o lançamento, pelo sindicato dos Especialistas de Educação de São Paulo, o SINESP, do Retrato da Rede 2014, pesquisa, já tradicional, que disseca o estado atual da educação municipal paulistana.
São 1459 escolas administradas diretamente pela secretaria da Educação, 343 creches conveniadas e 1771 convênios com entidades alfabetizadoras, 59005 docentes, 280 supervisores escolares, 1298 diretores de escola, 1864 assistentes de diretores e 1972 coordenadores pedagógicos- esta máquina atende a um milhão de crianças que, com pais e familiares mexe diariamente com a vida de cinco milhões de pessoas.
E como está essa rede? www.sinesp.org.br O outro exemplo forte de como a vida segue é o das campanhas salariais dos metalúrgicos que têm data-base no segundo semestre. Seminários de elaboração das pautas, assembleias de delegados, mobilizações nas fábricas, até mesmo a entrega formal da pauta à FIESP, garantem uma campanha forte, com ênfase no aumento real dos salários e enfrentamento do pessimismo hipócrita dos empresários.
O Sindicato dos Telefônicos, Sintetel, que negocia durante todo ano, tem enfrentado também a intransigência patronal em algumas empresas, em uma conjuntura em que os investimentos previstos são armas na luta pelo predomínio setorial.
O movimento sindical está vivo, produz informações estratégicas, tem uma pauta unitária a apresentar para os candidatos e cumpre seu papel na condução de fortes campanhas salariais que, como as do primeiro semestre deste ano, deverão produzir resultados positivos. João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical.
* por João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical